O presente trabalho, objetiva discutir as vantagens e desvantagens das parcerias público-privadas através do caso da expansão do ensino técnico em Recife a partir do Pronatec, implementado como política pública educacional, tendo como uma de suas iniciativas o incentivo às parcerias com instituições privadas de ensino. O trabalho retoma a reforma gerencial do Estado que serviu de incentivo para o surgimento das parcerias público-privadas, em seguida apresenta as principais diretrizes do Pronatec. Para cumprir com os objetivos do trabalho a metodologia utilizada pauta-se numa abordagem quanti-qualitativa, através do levantamento estatístico de dados do crescimento no número de matrículas a partir de 2011 e do número de instituições que ofertam a educação profissional no Recife desde 2005. O que se observa é que a parceria publico-privada tem sido apresentada como uma desvantagem para o projeto emancipatório e liberal de educação, por considerar apenas a quantidade e desconsiderar a qualidade. É a partir destas circunstâncias que se dá a consolidação das escolas privadas de educação profissional em Recife instituída pelo governo atual como política pública educacional por meio do Pronatec, expressando a privatização do público, a partir da inserção de organizações privadas executando políticas que seriam de responsabilidade do Estado.