O objetivo deste trabalho é identificar as marcas da oralidade em textos escritos e como as mesmas acarretam o problema da segmentação na escrita infantil. O corpus de análise constitui-se de 4 (quatro) textos escritos por crianças que cursam o 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de São Miguel – RN. As constatações teóricas de Balieiro (2001), Fernandes (2006), Scarpa (2009) e Stampa (2009), Capristano (2007), entre outros serviram de aporte para o desenvolvimento do presente artigo. Com a análise, percebemos que o problema da segmentação na escrita infantil muitas vezes se dá pelas tentativas das crianças em “acertarem” a grafia das palavras não sabendo como usar os espaços em branco, juntando ou separando as palavras e/ou expressões de forma inadequada e que acabam escrevendo da mesma forma que ouvem e/ou falam em seus contextos socioculturais confirmando assim, a interferência da oralidade.