ESTE TRABALHO LANÇA LUZ A UMA PARTE DA PRODUÇÃO LITERÁRIA DE ESCRITORES DA SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA, CARACTERIZADA POR SEU CARÁTER TRANSGRESSOR E POUCO CONVENCIONAL, ESTABELECIDO POR MEIO DA PROVOCAÇÃO DO RISO, DA IRONIA SARCÁSTICA, DA UTILIZAÇÃO DO PROSAÍSMO, RUMANDO POR CAMINHOS DISTINTOS DAQUELES PROPOSTOS PELO IDEÁRIO ROMÂNTICO DA ÉPOCA. ALGUNS DESSES ESCRITORES, ENTRE OS QUAIS DESTACAMOS ÁLVARES DE AZEVEDO E LUIZ GAMA, QUE, EMBORA TENHAM ASSUMIDO ESTETICAMENTE O RECEITUÁRIO DOS ULTRA-ROMÂNTICOS E SEUS TRAÇOS, A CERTA ALTURA, QUESTIONAREM TAL RECEITUÁRIO E PROPUSERAM MUDANÇAS ESTÉTICAS, INSERINDO EM SEUS ESCRITOS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA REALIDADE PROSAICA, DA SÁTIRA E DO HUMOR. METODOLOGICAMENTE, OPTAMOS PELA PESQUISA DE NATUREZA BIBLIOGRÁFICA EM TORNO DE ESPECIALISTAS COMO CANDIDO (1987), CUNHA (1998; 2000) E FRANCHETTI (1987), QUE NOS AUXILIARAM A RETRATAR O MOVIMENTO ROMÂNTICO A PARTIR DE UMA PRODUÇÃO QUE NÃO APENAS BUSCA TRANSPOR LIMITES, MAS TAMBÉM QUESTIONA AMARRAS IMPOSTAS POR PRECEITOS LITERÁRIOS EM VOGA. NESTE SENTIDO, ESTE TRABALHO DISCUTIU, POR MEIO DE PRÁTICAS DE LEITURA PARA A SALA DE AULA DE ENSINO MÉDIO, O MITO CRÍTICO DE QUE TAIS PRODUÇÕES LIMITAM-SE ÀS TEMÁTICAS DA IDEALIZAÇÃO ROMÂNTICA, DO SENTIMENTALISMO EXACERBADO, DO PESSIMISMO E DA DÚVIDA, PRECEITOS TÃO INDISSOLUVELMENTE REPRODUZIDOS, SOBRETUDO, NOS MEIOS ACADÊMICOS E LIVROS DIDÁTICOS. COMO RESULTADO, AMPLIAMOS UM CAMPO DE POSSIBILIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS DE LEITURA EM SALA DE AULA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA CAPAZ DE VISUALIZAR DIFERENTES NUANCES DENTRO DA PRODUÇÃO ROMÂNTICA.