O LUGAR GEOGRÁFICO É UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL, LOGO, PARA COMPREENDÊ-LO É NECESSÁRIO ANALISAR AS RELAÇÕES DOS INDIVÍDUOS COM O MEIO EM QUE ESTÃO INSERIDOS. PORTANTO, ESTUDÁ-LO SIGNIFICA PERCEBER A FORMAÇÃO IDENTITÁRIA DOS SUJEITOS NO SEU LUGAR DE VIVÊNCIA, COMO UM PROCESSO CONTÍNUO E INACABADO, INFLUENCIADO PELO CONVÍVIO SOCIAL. EM VISTA DISSO, A IDENTIDADE MUITAS VEZES É CONSTRUÍDA ATRAVÉS DE UMA VISÃO PEJORATIVA QUE SE ESTENDE EM UM CICLO ININTERRUPTO NA HISTÓRIA DOS LUGARES, ACARRETANDO A EXCLUSÃO DE GRUPOS DE INDIVÍDUOS, COMO OS NEGROS. NESTE CONTEXTO, A PRESENTE PESQUISA TEM POR OBJETIVO RELACIONAR O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE LUGAR COM A FORMAÇÃO OU REFORMULAÇÃO DA IDENTIDADE NEGRA, PROPONDO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA A SALA DE AULA, QUE FUNCIONEM COMO ALTERNATIVAS PARA SUPERAÇÃO DA EXCLUSÃO SOCIAL, DA DISCRIMINAÇÃO E DO PRECONCEITO. TENDO COM APORTE TEÓRICO OS AUTORES MILTON SANTOS (1994), ANA FANI ALESSANDRI CARLOS. (1996), KABENGELE MUNANGA (2006) E NILMA LINO GOMES (2012). A PESQUISA FOI DESENVOLVIDA EM UMA ESCOLA RURAL, LOCALIZADA NO DISTRITO CAMBOA, NO MUNICÍPIO DE LAGOA DE ITAENGA-PE, COM A PARTICIPAÇÃO DE TRINTA DISCENTES, DA TURMA DO 6º ANO DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. TRATA-SE DE UMA PESQUISA-AÇÃO COM ABORDAGEM QUALITATIVA. ATRAVÉS DOS RESULTADOS OBTIDOS NO PRESENTE ESTUDO, FOI POSSÍVEL CONSTATARMOS QUE OS ALUNADOS, APESAR DE GRANDE MAIORIA APRESENTAR CARACTERÍSTICAS NEGRAS, NÃO SE VIAM COMO PARTE DESTE GRUPO. MAS, A PARTIR DA REALIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS COMEÇARAM A SE RECONHECER COMO AGENTES INTEGRANTES E TRANSFORMADORES DO SEU LUGAR.