CRESCE ASSUSTADORAMENTE NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E NO MUNDO O NÚMERO DE ESTUDANTES QUE NELAS INGRESSAM SEM CONDIÇÕES INTELECTUAIS MÍNIMAS DE ACOMPANHAR BEM OS DIVERSOS CURSOS OFERECIDOS. E ESTE É UM PROBLEMA QUE ATINGE TODAS AS CIÊNCIAS: NATURAIS, EXATAS E HUMANAS; E QUE MUITOS TÊM NOMEADO DE “ANALFABETISMO ACADÊMICO”. PAULO CARLINO, POR EXEMPLO, ADVERTE QUE A ALFABETIZAÇÃO E/OU LETRAMENTO NÃO OCORRE APENAS NO INÍCIO DA FORMAÇÃO, MAS EM TODAS AS ETAPAS ESCOLAR. NO BRASIL NAS ETAPAS DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR. HAVERIA NÃO PENAS DIFERENÇAS NOS CONTEÚDOS SOCIALIZADOS, EXIGINDO MATURIDADE COGNITIVA DOS ESTUDANTES, MAS HÁ, SOBRETUDO, DIFERENÇAS CULTURAIS, PROCESSOS FORMATIVOS DESCONTÍNUOS, QUE EXIGEM TRATAMENTO PEDAGÓGICO ESPECÍFICO. NOSSAS PESQUISAS APONTAM PARA UM FATO FUNDAMENTAL: O PROBLEMA É QUE HISTORICAMENTE A FORMAÇÃO ESCOLAR NO OCIDENTE, INFLUENCIADA PELA ANTIGA EDUCAÇÃO RELIGIOSA, INSISTE NA IDEIA DE ENSINO E NÃO NO ESTUDO, AINDA QUE TODOS CONCORDEMOS COM PAULO FREIRE QUE “NINGUÉM ENSINA NINGUÉM, NÓS APRENDEMOS EM COMUNHÃO”. A TESE DE FREIRE É SEMELHANTE À DE SÓCRATES, NO DIÁLOGO MENON DE PLATÃO: “NÃO É POSSÍVEL ENSINAR A VIRTUDE”. E DESDE HESÍODO SABEMOS DISSO, QUE A VIRTUDE SE CONQUISTA COM O “TRABALHO DO CORPO”. TODAVIA, O ESTUO TEM SIDO DESPREZADO PELA MULTIDÃO DE PESQUISADORES SOCIOEDUCATIVOS, QUE TEM PRIORIZADO OUTROS OBJETOS: CURRÍCULO, FORMAÇÃO, AVALIAÇÃO, ENTRE OUTROS. MESMO NAS PESQUISAS SOBRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO TAL FATO NÃO MUDA. PARA QUEBRAR ESSE SILÊNCIO PROPOMOS ESTE MÉTODO DE ESTUDO QUE É A LEITURA IMANENTE.