ESSE ARTIGO APRESENTA UMA PESQUISA EM ANDAMENTO QUE TEM COMO OBJETIVO COMPREENDER AS IMPLICAÇÕES DOS ESTIGMAS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR. NELE, SE DISCUTE SOBRE AS MÚLTIPLAS SITUAÇÕES DE OPRESSÃO LIGADAS AO GÊNERO, RAÇA, CONDIÇÃO SOCIAL, ORIENTAÇÃO SEXUAL, LOCAL DE MORADIA, DENTRE OUTRAS DISCRIMINAÇÕES QUE OCORREM DE FORMA COMPLEXA NA SALA DE AULA E NA EDUCAÇÃO. OS SUJEITOS DA PESQUISA SÃO OS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA - CAMPUS SOUSA E DO INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ - CAMPUS IGUATU. TRATA-SE DE UMA PESQUISA-AÇÃO PEDAGÓGICA, UTILIZANDO COMO TÉCNICAS DE PESQUISA O QUESTIONÁRIO, A ENTREVISTA, A REALIZAÇÃO DE UM GRUPO COLABORATIVO, O DIÁRIO DE CAMPO E POR FIM, A PRODUÇÃO DE UMA CARTILHA PARA SER UTILIZADA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES. ESSA PESQUISA APONTA QUE AS RELAÇÕES DE ESTIGMA FAZEM PARTE DE MARCADORES DE PODER, NÃO SENDO TÍPICAS DE UM LUGAR ESPECÍFICO, MAS SE CONCRETIZAM COMO FENÔMENO COMPLEXO SITUADO HISTORICAMENTE, IMBRINCADO NAS POLITICAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, NAS HISTÓRIAS FAMILIARES E SOCIAIS DOS DOCENTES, NATURALIZADO E DISSEMINADO NAS SALAS DE AULA, CAPAZ DE PRODUZIR INTENSO SOFRIMENTO PSÍQUICO NOS SUJEITOS ESTIGMATIZADOS. COMPREENDEMOS COMO FUNDAMENTAL QUE O DOCENTE SEJA CAPAZ DE ANALISAR COMO O ESTIGMA INTERFERE NA CONSTRUÇÃO DA SUA IDENTIDADE PROFISSIONAL, CONHECENDO AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PARA NATURALIZÁ-LO EM SUA FORMAÇÃO, RECONHECENDO TAMBÉM OS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA EM SUAS PRÁTICAS, FORTALECENDO UMA FORMAÇÃO CONTÍNUA CAPAZ DE TRANSFORMAR A SALA DE AULA.