NA PRESENTE PESQUISA, OBJETIVOU-SE ANALISAR AS PERCEPÇÕES DE UMA DISCENTE COM AUTISMO SOBRE SUA INCLUSÃO NA UNIVERSIDADE. A PESQUISA, DE NATUREZA QUALITATIVA, CARACTERIZOU-SE COMO UM ESTUDO DE CASO. PARTICIPOU DESSE ESTUDO UMA ALUNA DIAGNOSTICADA COM AUTISMO LEVE DO CURSO DE LETRAS DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA SITUADA NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - CEARÁ. OS PROCEDIMENTOS DE COLETAS DE DADOS CONSISTIRAM NA APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO ABERTO COM ESSA DISCENTE. OS RESULTADOS OBTIDOS EVIDENCIARAM QUE, NA PERCEPÇÃO DA ALUNA, ELA ENFRENTOU DIFICULDADES EM SEU PROCESSO ADAPTATIVO NA UNIVERSIDADE EM DECORRÊNCIA, PRINCIPALMENTE, DA AUSÊNCIA DE ROTINA E DA IMPREVISIBILIDADE DE ASPECTOS REFERENTES ÀS AVALIAÇÕES NAS DISCIPLINAS. VERIFICOU-SE TAMBÉM A INSUFICIÊNCIA DE FLEXIBILIZAÇÕES NAS PRÁTICAS DE ALGUNS DOCENTES QUE CORROBORASSEM COM A INCLUSÃO DE DISCENTES COM AUTISMO NO ENSINO SUPERIOR, BEM COMO O POUCO DIÁLOGO ENTRE OS SERVIÇOS DE APOIO EXISTENTES NA UNIVERSIDADE E OS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS. DIANTE DOS DADOS OBTIDOS, CONCLUI-SE QUE A INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO NO ENSINO SUPERIOR É UM PROCESSO EM CONSTRUÇÃO E QUE APENAS O ACESSO À UNIVERSIDADE NÃO GARANTE, NECESSARIAMENTE, A INCLUSÃO DE PESSOAS NO ESPECTRO NESSE AMBIENTE. NESSE SENTIDO, AFIRMA-SE QUE ESTAR EM CONSONÂNCIA COM O PARADIGMA DA INCLUSÃO SIGNIFICA DIRECIONAR O OLHAR PARA A COMPREENSÃO DA DIVERSIDADE, OPORTUNIZANDO A APRENDIZAGEM DE TODOS ALUNOS RESPEITANDO SUAS DIFERENÇAS E NÃO APENAS OS INSERINDO EM ESPAÇOS EDUCACIONAIS SEM A FLEXIBILIZAÇÃO DE CURRÍCULOS, MÉTODOS E TÉCNICAS QUE CONTEMPLEM AS NECESSIDADES INDIVIDUAIS DE PESSOAS COM AUTISMO.