Este trabalho tem como premissa mostrar que a linguagem culta nÃo faz parte do cotidiano dos brasileiros mais pobres e como objetivo revelar a importÂncia do letramento linguÍstico das classes subalternas, para universalizaÇÃo da norma culta. A metodologia empregada serÁ de pesquisa bibliogrÁfica com abordagem qualitativa de cunho dedutivo, referenciada nos autores Bourdieu (1979), Sousa (2018), Marcuschi (2010) e outros. Em um mundo globalizado e pÓs-moderno, se faz necessÁrio que a populaÇÃo de um paÍs tenha pleno domÍnio de sua lÍngua oficial. Contudo, nosso portuguÊs tem suas variaÇÕes de acordo com a regiÃo, classe social, nÍvel de escolaridade, hierarquia institucional e grau de complexidade cultural. Isso acaba fazendo da norma culta uma variante linguÍstica do portuguÊs que É falada por uma menor parcela da populaÇÃo. Deste modo, muitos falam algo que É chamado de portuguÊs coloquial e poucos demonstram ter o domÍnio concreto da variante culta. Neste contexto, mostrar a importÂncia da universalizaÇÃo da norma culta da lÍngua portuguesa É algo que deve ser trabalhado nas escolas. Pois, a maioria dos brasileiros nÃo tem a capacidade compreender e decodificar corretamente as informaÇÕes de jornais, livros, televisÃo, cartazes e outros gÊneros textuais mais formais, acabando por nÃo conseguir exercer sua cidadania pelo fato nÃo possuir o letramento linguÍstico necessÁrio, se tornando excluÍdos do processo decisÓrio e participativo de sociedade.