Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

VIOLÊNCIAS E POLÍTICAS EDUCACIONAIS: A INVISIBILIDADE DAS AÇÕES DE ENFRENTAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR

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    "resumo" => " VIOLÊNCIAS E POLÍTICAS EDUCACIONAIS: A INVISIBILIDADE DAS AÇÕES DE ENFRENTAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR Anderléia Sotoriva Damke anderdamke@gmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Janaina Medeiros Francener janamedeirosfrancener@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná Guilherme Aparecido De Carvalho guilherme_2640@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Jeniffer Sabrina Machado jeniffer@alunos.itfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Eixo Temático: Cidadania, Direitos Humanos e Interculturalidade - com ênfase na educação em direitos humanos, na superação da violência e da indisciplina nas escolas, em suas diferentes formas de manifestação. Agência Financiadora: Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Resumo Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a ausência de ações de enfrentamento das violências a partir do Projeto de extensão ''Violências na Escola e Políticas Educacionais: Impactos, Intervenção e Prevenção'', que discutiu a invisibilidade das violências nas políticas educacionais e verificou o impacto dessa invisibilidade nas práticas pedagógicas. Nas últimas décadas, mais precisamente a partir da década de 1980, ocorreram as primeiras pesquisas referentes às violências no ambiente escolar. Nesse contexto, a compreensão de violência foi trabalhada a partir de Charlot (2002) e da pesquisadora Eyng (2014) que destaca a necessidade da atenção permanente em relação à existência das violências nas escolas, por meio de diagnósticos que ajudem a compreender as singularidades das dinâmicas relativas aos sujeitos em cada contexto, possibilitando assim o seu enfrentamento. No conjunto desta pesquisa, constatamos que o ambiente escolar não é seguro com relação às situações que alunos e professores presenciam como gritos, brigas, ameaças, bem como o sentimento de medo que prejudica o processo do ensino e aprendizagem. As pesquisas de Eyng (2014) indicam indícios de violação de direitos ao assinalarem um forte anseio por um direito inerente às relações nas escolas que é o 'respeito'. As discussões na literatura educacional apontam uma diversidade de correntes teóricas sobre as várias violências que ocorrem nesse espaço. Entendemos a partir de Abramovay (2003) e Spósito (2002) que esse fenômeno é um tema recorrente com relação ao ponto de vista estatístico, uma vez que as próprias produções já existentes caracterizam o aumento das violências e a própria evolução com as suas formas. Mas, por outro lado, deixa de ser recorrente quando pensamos a violência ao longo da trajetória subjetiva da vida do aluno, nesse caso, no processo de aprendizagem e assim nas suas relações de convivência entre os pares. Ou ainda, deixa de ser recorrente quando pensamos a partir de Azevedo (2004), Saviani (2008) e Ball (2001) a invisibilidade das violências no âmbito das políticas educacionais. Ressaltamos a invisibilidade, por entendermos que, apesar das políticas contemplarem algumas iniciativas, como é o caso dos programas 'Paz nas escolas' desenvolvido em 2000, ou ainda como o projeto Escola que Protege (Eqp) voltado para a promoção e a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, deveria haver além do enfrentamento, a prevenção das violências no contexto escolar (BRASIL, 2008). Infelizmente, as ações para o enfrentamento são às vezes desconhecidas pelas escolas, ou ainda desacreditadas, o que justifica a ausência nos seus planejamentos. Ao adentrar no contexto da investigação, foi utilizada a abordagem qualitativa conforme Chizzotti (2005) e como metodologia, optamos pela pesquisa-ação, que de acordo com Jesus e Vieira (2014) torna a realidade social como seu lugar de exploração, ou seja, não explora uma realidade abstrata nem idealizada, mas trabalha com situações concretas. A ação extensionista ocorreu em uma escola pública da região Oeste do Paraná, com Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano, com 571 alunos e 58 professores. Destes, 31 professores participaram de encontros quinzenais em forma de grupo de estudos e ciclo de palestras, cuja abordagem surgia de acordo com os anseios sobre violências, políticas educacionais e práticas pedagógicas. Tais encontros ocorreram durante o segundo semestre de 2016. A ação extensionista foi de orientação e sensibilização dos profissionais da escola para a discussão sobre tais expressões e suas implicações no processo de aprendizagem. Os relatos dos professores indicaram que a escola está desenvolvendo ações, mas que talvez, tais ações precisam ser institucionalizadas no âmbito escolar. Nessa direção, procuramos contribuir com os educadores para repensar em práticas que contribuam para que a escola seja um local em que direção, equipe pedagógica, professores, agentes educacionais e alunos sintam segurança, uma vez que partes das suas vidas são vivenciadas naquele ambiente. Vale ressaltar que no decorrer dos encontros, foram elencadas diretrizes com o objetivo de amenizar as expressões de violências, melhorando o processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Violências, Escola, Políticas Educacionais, Práticas Pedagógicas Referências ABRAMOVAY, M. Violência nas escolas: versão resumida. Brasília: Unesco Brasil, Rede Pitágoras, Instituto Ayrton Senna, UNAIDS, Banco Mundial, USAID, Fundação Ford, CONSED, UNDIME, 2003, p.88."
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Resumo Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a ausência de ações de enfrentamento das violências a partir do Projeto de extensão ''Violências na Escola e Políticas Educacionais: Impactos, Intervenção e Prevenção'', que discutiu a invisibilidade das violências nas políticas educacionais e verificou o impacto dessa invisibilidade nas práticas pedagógicas. Nas últimas décadas, mais precisamente a partir da década de 1980, ocorreram as primeiras pesquisas referentes às violências no ambiente escolar. Nesse contexto, a compreensão de violência foi trabalhada a partir de Charlot (2002) e da pesquisadora Eyng (2014) que destaca a necessidade da atenção permanente em relação à existência das violências nas escolas, por meio de diagnósticos que ajudem a compreender as singularidades das dinâmicas relativas aos sujeitos em cada contexto, possibilitando assim o seu enfrentamento. No conjunto desta pesquisa, constatamos que o ambiente escolar não é seguro com relação às situações que alunos e professores presenciam como gritos, brigas, ameaças, bem como o sentimento de medo que prejudica o processo do ensino e aprendizagem. As pesquisas de Eyng (2014) indicam indícios de violação de direitos ao assinalarem um forte anseio por um direito inerente às relações nas escolas que é o 'respeito'. As discussões na literatura educacional apontam uma diversidade de correntes teóricas sobre as várias violências que ocorrem nesse espaço. Entendemos a partir de Abramovay (2003) e Spósito (2002) que esse fenômeno é um tema recorrente com relação ao ponto de vista estatístico, uma vez que as próprias produções já existentes caracterizam o aumento das violências e a própria evolução com as suas formas. 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Ao adentrar no contexto da investigação, foi utilizada a abordagem qualitativa conforme Chizzotti (2005) e como metodologia, optamos pela pesquisa-ação, que de acordo com Jesus e Vieira (2014) torna a realidade social como seu lugar de exploração, ou seja, não explora uma realidade abstrata nem idealizada, mas trabalha com situações concretas. A ação extensionista ocorreu em uma escola pública da região Oeste do Paraná, com Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano, com 571 alunos e 58 professores. Destes, 31 professores participaram de encontros quinzenais em forma de grupo de estudos e ciclo de palestras, cuja abordagem surgia de acordo com os anseios sobre violências, políticas educacionais e práticas pedagógicas. Tais encontros ocorreram durante o segundo semestre de 2016. A ação extensionista foi de orientação e sensibilização dos profissionais da escola para a discussão sobre tais expressões e suas implicações no processo de aprendizagem. Os relatos dos professores indicaram que a escola está desenvolvendo ações, mas que talvez, tais ações precisam ser institucionalizadas no âmbito escolar. Nessa direção, procuramos contribuir com os educadores para repensar em práticas que contribuam para que a escola seja um local em que direção, equipe pedagógica, professores, agentes educacionais e alunos sintam segurança, uma vez que partes das suas vidas são vivenciadas naquele ambiente. Vale ressaltar que no decorrer dos encontros, foram elencadas diretrizes com o objetivo de amenizar as expressões de violências, melhorando o processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Violências, Escola, Políticas Educacionais, Práticas Pedagógicas Referências ABRAMOVAY, M. Violência nas escolas: versão resumida. Brasília: Unesco Brasil, Rede Pitágoras, Instituto Ayrton Senna, UNAIDS, Banco Mundial, USAID, Fundação Ford, CONSED, UNDIME, 2003, p.88."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

VIOLÊNCIAS E POLÍTICAS EDUCACIONAIS: A INVISIBILIDADE DAS AÇÕES DE ENFRENTAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR Anderléia Sotoriva Damke anderdamke@gmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Janaina Medeiros Francener janamedeirosfrancener@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná Guilherme Aparecido De Carvalho guilherme_2640@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Jeniffer Sabrina Machado jeniffer@alunos.itfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Eixo Temático: Cidadania, Direitos Humanos e Interculturalidade - com ênfase na educação em direitos humanos, na superação da violência e da indisciplina nas escolas, em suas diferentes formas de manifestação. Agência Financiadora: Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Resumo Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a ausência de ações de enfrentamento das violências a partir do Projeto de extensão ''Violências na Escola e Políticas Educacionais: Impactos, Intervenção e Prevenção'', que discutiu a invisibilidade das violências nas políticas educacionais e verificou o impacto dessa invisibilidade nas práticas pedagógicas. Nas últimas décadas, mais precisamente a partir da década de 1980, ocorreram as primeiras pesquisas referentes às violências no ambiente escolar. Nesse contexto, a compreensão de violência foi trabalhada a partir de Charlot (2002) e da pesquisadora Eyng (2014) que destaca a necessidade da atenção permanente em relação à existência das violências nas escolas, por meio de diagnósticos que ajudem a compreender as singularidades das dinâmicas relativas aos sujeitos em cada contexto, possibilitando assim o seu enfrentamento. No conjunto desta pesquisa, constatamos que o ambiente escolar não é seguro com relação às situações que alunos e professores presenciam como gritos, brigas, ameaças, bem como o sentimento de medo que prejudica o processo do ensino e aprendizagem. As pesquisas de Eyng (2014) indicam indícios de violação de direitos ao assinalarem um forte anseio por um direito inerente às relações nas escolas que é o 'respeito'. As discussões na literatura educacional apontam uma diversidade de correntes teóricas sobre as várias violências que ocorrem nesse espaço. Entendemos a partir de Abramovay (2003) e Spósito (2002) que esse fenômeno é um tema recorrente com relação ao ponto de vista estatístico, uma vez que as próprias produções já existentes caracterizam o aumento das violências e a própria evolução com as suas formas. Mas, por outro lado, deixa de ser recorrente quando pensamos a violência ao longo da trajetória subjetiva da vida do aluno, nesse caso, no processo de aprendizagem e assim nas suas relações de convivência entre os pares. Ou ainda, deixa de ser recorrente quando pensamos a partir de Azevedo (2004), Saviani (2008) e Ball (2001) a invisibilidade das violências no âmbito das políticas educacionais. Ressaltamos a invisibilidade, por entendermos que, apesar das políticas contemplarem algumas iniciativas, como é o caso dos programas 'Paz nas escolas' desenvolvido em 2000, ou ainda como o projeto Escola que Protege (Eqp) voltado para a promoção e a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, deveria haver além do enfrentamento, a prevenção das violências no contexto escolar (BRASIL, 2008). Infelizmente, as ações para o enfrentamento são às vezes desconhecidas pelas escolas, ou ainda desacreditadas, o que justifica a ausência nos seus planejamentos. Ao adentrar no contexto da investigação, foi utilizada a abordagem qualitativa conforme Chizzotti (2005) e como metodologia, optamos pela pesquisa-ação, que de acordo com Jesus e Vieira (2014) torna a realidade social como seu lugar de exploração, ou seja, não explora uma realidade abstrata nem idealizada, mas trabalha com situações concretas. A ação extensionista ocorreu em uma escola pública da região Oeste do Paraná, com Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano, com 571 alunos e 58 professores. Destes, 31 professores participaram de encontros quinzenais em forma de grupo de estudos e ciclo de palestras, cuja abordagem surgia de acordo com os anseios sobre violências, políticas educacionais e práticas pedagógicas. Tais encontros ocorreram durante o segundo semestre de 2016. A ação extensionista foi de orientação e sensibilização dos profissionais da escola para a discussão sobre tais expressões e suas implicações no processo de aprendizagem. 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