Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

O QUE A UNIVERSIDADE NÃO ENSINA: A DIST NCIA ENTRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA E A PRÁTICA DOCENTE

"2018-12-03 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 52413
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2704
    "inscrito_id" => 546945
    "titulo" => "O QUE A UNIVERSIDADE NÃO ENSINA: A DIST NCIA ENTRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA E A PRÁTICA DOCENTE"
    "resumo" => "O QUE A UNIVERSIDADE NÃO ENSINA: A DISTÂNCIA ENTRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA E A PRÁTICA DOCENTE Julyane Maria dos Santos Andrade / julyanefire2@gmail.com / Universidade Federal do Piauí Ronaldo Vieira da Silva Júnior/ Universidade Federal do Piauí Gabriel Nunes Lopes Ferreira/ Universidade Federal do Piauí Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas. Resumo A formação de professores tem sido objeto de estudos ao longo dos anos por diversos autores (VIANA, 2013; TOURINHO, 2015). A partir das diversas leituras e experiência no curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Piauí (UFPI), começamos a nos questionar sobre a formação do professor de Música e identificar pontos positivos e deficiências neste processo formativo a partir do contexto em que estamos inseridos. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar as dificuldades formativas do educador musical, apontando alguns elementos ausentes no currículo e que possam ter contribuído para que a formação do licenciando em música não tenha um diálogo com a atuação profissional nos diversos contextos de atuação em Teresina (Piauí). Em suma, procuramos refletir sobre como as disciplinas do curso de Música estão dialogando com a formação e atuação dos egressos do curso. O licenciando deve ter a noção de como realmente é a prática docente na atualidade e que muitas vezes as propostas pedagógicas de grandes educadores musicais não dialogam com a realidade da educação pública no Brasil. A partir dessa realidade, ao se deparar com instituições sem uma estrutura ideal para o trabalho docente musical, o educador acaba desmotivado a utilizar outras abordagens que não sejam a tradicional (CYSNEIROS, 1999). Além disso, fatores sociais podem também influenciar no andamento das atividades escolares e que muitas vezes não são temáticas dentro do currículo das licenciaturas em Música. Segundo Figueiredo (2017) a formação do educador musical teve que se adequar ao mercado e a necessidade de uma formação plural para o músico, visto que o profissional da música muitas vezes atua em diversas áreas, como compositor, performer, educador musical, regente, etc. Para refletir sobre esse processo, utilizar-se-á o Projeto Político do Curso de Música da UFPI para compreensão da formação do professor de Música nesta instituição. O currículo da referida licenciatura foi elaborado a partir da necessidade de um curso flexível que abarque todas estas possíveis atuações, fazendo com que o currículo tenha o caráter quase de bacharel e quase licenciatura, porém, este hibridismo curricular pode gerar um deficiência na formação do educador musical na figura de professor do ensino regular e/ou espaços não escolares com ensino de Música. Observa-se, por exemplo, que há uma deficiência na formação do docente no sentido de prepará-lo para atuar junto aos alunos portadores de necessidades especiais, visto que a educação inclusiva não faz parte do processo da formação dos licenciandos do curso de licenciatura em Música da UFPI. Nesta Universidade, apenas o curso de Pedagogia e Licenciatura em Educação do Campo possuem disciplinas voltadas para a Educação Inclusiva. A partir do explicitado, o estudo utiliza as experiências de dois estudantes que atuam em dois contextos distintos (Educação escolar e não escolar) para uma reflexão sobre formação/ atuação em diferentes espaços formativos da cidade de Teresina (Piauí). Será utilizado como referencial teórico os estudos de Tardif (2002) sobre os saberes docentes necessários a uma atuação profissional contextualizada com a realidade onde o curso está inserido. Nesse contexto, percebemos que o curso de Música não dialoga completamente com os espaços de atuação presentes na cidade de Teresina tendo em vista a grande quantidade de espaços não escolares com formação musical e o Estágio Supervisionado tendo como foco a Educação Básica. Apesar disso, compreendemos a necessidade de aumento da quantidade de professores de Música nas escolas regulares, mas para isso, é importante um maior diálogo entre o Estado e a Universidade, além de políticas para que a escola tenha professores de música de forma efetiva, pois "são comuns constatações acerca da reduzida presença do ensino de música nas escolas regulares de educação básica, especialmente as escolas públicas" (PENNA, 2002, p. 7). Assim, o presente estudo traz uma reflexão inicial sobre a formação e os saberes docentes necessários para a atuação dos professores de Música de Teresina e abre novas possibilidades de pesquisas como a atuação de professores de Música na Educação Inclusiva e também a atuação de professores de Música na educação Básica. Palavras-chave: Educação Musical, Educação Inclusiva, Formação de Professores. Referências CYSNEIROS, P. G.. Novas Tecnologias na Sala de Aula: melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora?. In: IX Encontro nacional de Didática e Prática de Ensino, 1998, Águas de Lindóia. Anais.... São Paulo: USP, 1998. v. 1. p. 12. Disponível em: http://www.pucrs.br/ciencias/viali/doutorado/ptic/textos/articles-106213_archivo.pdf. Acesso em: 10 out. 2018. FIGUEIREDO, Edson Antônio de Freitas. O perfil dos alunos do Curso de Licenciatura em Música da UFPI: em busca de informações para a reformulação do PPC. In: XXIII CONGRESSO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 23., 2017, Manaus. Anais... . Manaus: 2017. p. 1 - 12. Disponível em: . Acesso em: 02 out. 2018. PENNA, M. Professores de música nas escolas públicas de ensino fundamental e médio: uma ausência significativa. Revista da ABEM, n. 7, p. 7, set. 2002. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. TOURINHO, Cristina. Reflexões sobre a formação do educador musical de agora. Arteriais, Revista do PPGARTES, UFPA. fev. 2015. VIANA, Ana Célia de Lima. A formação do educador musical e sua atuação junto a alunos público alvo da educação especial. In: VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2013, Londrina. Anais... Londrina: 2013. p. 3500 - 3507. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2013/AT15-2013/AT15-004.pdf. Acesso em: 10 out. 2018. "
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => ""
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:46"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:29:45"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "RONALDO VIEIRA DA SILVA JUNIOR"
    "autor_nome_curto" => "RONALDO"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 52413
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2704
    "inscrito_id" => 546945
    "titulo" => "O QUE A UNIVERSIDADE NÃO ENSINA: A DIST NCIA ENTRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA E A PRÁTICA DOCENTE"
    "resumo" => "O QUE A UNIVERSIDADE NÃO ENSINA: A DISTÂNCIA ENTRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA E A PRÁTICA DOCENTE Julyane Maria dos Santos Andrade / julyanefire2@gmail.com / Universidade Federal do Piauí Ronaldo Vieira da Silva Júnior/ Universidade Federal do Piauí Gabriel Nunes Lopes Ferreira/ Universidade Federal do Piauí Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas. Resumo A formação de professores tem sido objeto de estudos ao longo dos anos por diversos autores (VIANA, 2013; TOURINHO, 2015). A partir das diversas leituras e experiência no curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Piauí (UFPI), começamos a nos questionar sobre a formação do professor de Música e identificar pontos positivos e deficiências neste processo formativo a partir do contexto em que estamos inseridos. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar as dificuldades formativas do educador musical, apontando alguns elementos ausentes no currículo e que possam ter contribuído para que a formação do licenciando em música não tenha um diálogo com a atuação profissional nos diversos contextos de atuação em Teresina (Piauí). Em suma, procuramos refletir sobre como as disciplinas do curso de Música estão dialogando com a formação e atuação dos egressos do curso. O licenciando deve ter a noção de como realmente é a prática docente na atualidade e que muitas vezes as propostas pedagógicas de grandes educadores musicais não dialogam com a realidade da educação pública no Brasil. A partir dessa realidade, ao se deparar com instituições sem uma estrutura ideal para o trabalho docente musical, o educador acaba desmotivado a utilizar outras abordagens que não sejam a tradicional (CYSNEIROS, 1999). Além disso, fatores sociais podem também influenciar no andamento das atividades escolares e que muitas vezes não são temáticas dentro do currículo das licenciaturas em Música. Segundo Figueiredo (2017) a formação do educador musical teve que se adequar ao mercado e a necessidade de uma formação plural para o músico, visto que o profissional da música muitas vezes atua em diversas áreas, como compositor, performer, educador musical, regente, etc. Para refletir sobre esse processo, utilizar-se-á o Projeto Político do Curso de Música da UFPI para compreensão da formação do professor de Música nesta instituição. O currículo da referida licenciatura foi elaborado a partir da necessidade de um curso flexível que abarque todas estas possíveis atuações, fazendo com que o currículo tenha o caráter quase de bacharel e quase licenciatura, porém, este hibridismo curricular pode gerar um deficiência na formação do educador musical na figura de professor do ensino regular e/ou espaços não escolares com ensino de Música. Observa-se, por exemplo, que há uma deficiência na formação do docente no sentido de prepará-lo para atuar junto aos alunos portadores de necessidades especiais, visto que a educação inclusiva não faz parte do processo da formação dos licenciandos do curso de licenciatura em Música da UFPI. Nesta Universidade, apenas o curso de Pedagogia e Licenciatura em Educação do Campo possuem disciplinas voltadas para a Educação Inclusiva. A partir do explicitado, o estudo utiliza as experiências de dois estudantes que atuam em dois contextos distintos (Educação escolar e não escolar) para uma reflexão sobre formação/ atuação em diferentes espaços formativos da cidade de Teresina (Piauí). Será utilizado como referencial teórico os estudos de Tardif (2002) sobre os saberes docentes necessários a uma atuação profissional contextualizada com a realidade onde o curso está inserido. Nesse contexto, percebemos que o curso de Música não dialoga completamente com os espaços de atuação presentes na cidade de Teresina tendo em vista a grande quantidade de espaços não escolares com formação musical e o Estágio Supervisionado tendo como foco a Educação Básica. Apesar disso, compreendemos a necessidade de aumento da quantidade de professores de Música nas escolas regulares, mas para isso, é importante um maior diálogo entre o Estado e a Universidade, além de políticas para que a escola tenha professores de música de forma efetiva, pois "são comuns constatações acerca da reduzida presença do ensino de música nas escolas regulares de educação básica, especialmente as escolas públicas" (PENNA, 2002, p. 7). Assim, o presente estudo traz uma reflexão inicial sobre a formação e os saberes docentes necessários para a atuação dos professores de Música de Teresina e abre novas possibilidades de pesquisas como a atuação de professores de Música na Educação Inclusiva e também a atuação de professores de Música na educação Básica. Palavras-chave: Educação Musical, Educação Inclusiva, Formação de Professores. Referências CYSNEIROS, P. G.. Novas Tecnologias na Sala de Aula: melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora?. In: IX Encontro nacional de Didática e Prática de Ensino, 1998, Águas de Lindóia. Anais.... São Paulo: USP, 1998. v. 1. p. 12. Disponível em: http://www.pucrs.br/ciencias/viali/doutorado/ptic/textos/articles-106213_archivo.pdf. Acesso em: 10 out. 2018. FIGUEIREDO, Edson Antônio de Freitas. O perfil dos alunos do Curso de Licenciatura em Música da UFPI: em busca de informações para a reformulação do PPC. In: XXIII CONGRESSO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 23., 2017, Manaus. Anais... . Manaus: 2017. p. 1 - 12. Disponível em: . Acesso em: 02 out. 2018. PENNA, M. Professores de música nas escolas públicas de ensino fundamental e médio: uma ausência significativa. Revista da ABEM, n. 7, p. 7, set. 2002. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. TOURINHO, Cristina. Reflexões sobre a formação do educador musical de agora. Arteriais, Revista do PPGARTES, UFPA. fev. 2015. VIANA, Ana Célia de Lima. A formação do educador musical e sua atuação junto a alunos público alvo da educação especial. In: VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2013, Londrina. Anais... Londrina: 2013. p. 3500 - 3507. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2013/AT15-2013/AT15-004.pdf. Acesso em: 10 out. 2018. "
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => ""
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:46"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:29:45"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "RONALDO VIEIRA DA SILVA JUNIOR"
    "autor_nome_curto" => "RONALDO"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O QUE A UNIVERSIDADE NÃO ENSINA: A DISTÂNCIA ENTRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA E A PRÁTICA DOCENTE Julyane Maria dos Santos Andrade / julyanefire2@gmail.com / Universidade Federal do Piauí Ronaldo Vieira da Silva Júnior/ Universidade Federal do Piauí Gabriel Nunes Lopes Ferreira/ Universidade Federal do Piauí Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas. Resumo A formação de professores tem sido objeto de estudos ao longo dos anos por diversos autores (VIANA, 2013; TOURINHO, 2015). A partir das diversas leituras e experiência no curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Piauí (UFPI), começamos a nos questionar sobre a formação do professor de Música e identificar pontos positivos e deficiências neste processo formativo a partir do contexto em que estamos inseridos. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar as dificuldades formativas do educador musical, apontando alguns elementos ausentes no currículo e que possam ter contribuído para que a formação do licenciando em música não tenha um diálogo com a atuação profissional nos diversos contextos de atuação em Teresina (Piauí). Em suma, procuramos refletir sobre como as disciplinas do curso de Música estão dialogando com a formação e atuação dos egressos do curso. O licenciando deve ter a noção de como realmente é a prática docente na atualidade e que muitas vezes as propostas pedagógicas de grandes educadores musicais não dialogam com a realidade da educação pública no Brasil. A partir dessa realidade, ao se deparar com instituições sem uma estrutura ideal para o trabalho docente musical, o educador acaba desmotivado a utilizar outras abordagens que não sejam a tradicional (CYSNEIROS, 1999). Além disso, fatores sociais podem também influenciar no andamento das atividades escolares e que muitas vezes não são temáticas dentro do currículo das licenciaturas em Música. Segundo Figueiredo (2017) a formação do educador musical teve que se adequar ao mercado e a necessidade de uma formação plural para o músico, visto que o profissional da música muitas vezes atua em diversas áreas, como compositor, performer, educador musical, regente, etc. Para refletir sobre esse processo, utilizar-se-á o Projeto Político do Curso de Música da UFPI para compreensão da formação do professor de Música nesta instituição. O currículo da referida licenciatura foi elaborado a partir da necessidade de um curso flexível que abarque todas estas possíveis atuações, fazendo com que o currículo tenha o caráter quase de bacharel e quase licenciatura, porém, este hibridismo curricular pode gerar um deficiência na formação do educador musical na figura de professor do ensino regular e/ou espaços não escolares com ensino de Música. Observa-se, por exemplo, que há uma deficiência na formação do docente no sentido de prepará-lo para atuar junto aos alunos portadores de necessidades especiais, visto que a educação inclusiva não faz parte do processo da formação dos licenciandos do curso de licenciatura em Música da UFPI. Nesta Universidade, apenas o curso de Pedagogia e Licenciatura em Educação do Campo possuem disciplinas voltadas para a Educação Inclusiva. A partir do explicitado, o estudo utiliza as experiências de dois estudantes que atuam em dois contextos distintos (Educação escolar e não escolar) para uma reflexão sobre formação/ atuação em diferentes espaços formativos da cidade de Teresina (Piauí). Será utilizado como referencial teórico os estudos de Tardif (2002) sobre os saberes docentes necessários a uma atuação profissional contextualizada com a realidade onde o curso está inserido. Nesse contexto, percebemos que o curso de Música não dialoga completamente com os espaços de atuação presentes na cidade de Teresina tendo em vista a grande quantidade de espaços não escolares com formação musical e o Estágio Supervisionado tendo como foco a Educação Básica. Apesar disso, compreendemos a necessidade de aumento da quantidade de professores de Música nas escolas regulares, mas para isso, é importante um maior diálogo entre o Estado e a Universidade, além de políticas para que a escola tenha professores de música de forma efetiva, pois "são comuns constatações acerca da reduzida presença do ensino de música nas escolas regulares de educação básica, especialmente as escolas públicas" (PENNA, 2002, p. 7). Assim, o presente estudo traz uma reflexão inicial sobre a formação e os saberes docentes necessários para a atuação dos professores de Música de Teresina e abre novas possibilidades de pesquisas como a atuação de professores de Música na Educação Inclusiva e também a atuação de professores de Música na educação Básica. Palavras-chave: Educação Musical, Educação Inclusiva, Formação de Professores. Referências CYSNEIROS, P. G.. Novas Tecnologias na Sala de Aula: melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora?. In: IX Encontro nacional de Didática e Prática de Ensino, 1998, Águas de Lindóia. Anais.... São Paulo: USP, 1998. v. 1. p. 12. Disponível em: http://www.pucrs.br/ciencias/viali/doutorado/ptic/textos/articles-106213_archivo.pdf. Acesso em: 10 out. 2018. FIGUEIREDO, Edson Antônio de Freitas. O perfil dos alunos do Curso de Licenciatura em Música da UFPI: em busca de informações para a reformulação do PPC. In: XXIII CONGRESSO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 23., 2017, Manaus. Anais... . Manaus: 2017. p. 1 - 12. Disponível em: . Acesso em: 02 out. 2018. PENNA, M. Professores de música nas escolas públicas de ensino fundamental e médio: uma ausência significativa. Revista da ABEM, n. 7, p. 7, set. 2002. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. TOURINHO, Cristina. Reflexões sobre a formação do educador musical de agora. Arteriais, Revista do PPGARTES, UFPA. fev. 2015. VIANA, Ana Célia de Lima. A formação do educador musical e sua atuação junto a alunos público alvo da educação especial. In: VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2013, Londrina. Anais... Londrina: 2013. p. 3500 - 3507. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2013/AT15-2013/AT15-004.pdf. Acesso em: 10 out. 2018.

Compartilhe:

Visualização do Artigo

Infelizmente, não conseguimos localizar o arquivo para download. Mas não se preocupe, nossa equipe já foi notificada do problema e já estamos trabalhando para a resolução! Tente novamente mais tarde!

Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.