Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

LIVRO DIDÁTICO DE CIÊNCIAS: ANÁLISE DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL II

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Uma importante utilização do livro didático no ensino de ciências, por exemplo, é pautada em facilitar o trabalho do professor, dando apoio para o planejamento das aulas, familiarizando os conceitos científicos aos alunos (BEZERRA; NASCIMENTO, 2015). Pelo exposto, as pesquisas envolvendo o livro didático são importantes a fim de saber como os sujeitos envolvidos, professor e aluno, interagem com esse material didático. Neste sentido, o objetivo desse trabalho foi em investigar como os professores de Ciências avaliam o livro didático do 4° ano do ensino fundamental. Essa avaliação dos professores foi registrada pelos licenciandos do curso de Pedagogia, durante a disciplina de Ensino de Ciências, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), no campus da Faculdade de Educação de Crateús (FAEC). Para coletar os dados, foi aplicado um questionário aos professores das escolas municipais de Crateús, Novo Oriente e Independência localizadas no Ceará. O questionário foi estruturado em duas partes: a primeira buscava traçar o perfil de formação dos educadores, a segunda tinha o objetivo de investigar as percepções dos professores no que se refere a avaliação do material didático. O presente estudo é do tipo descritivo, com abordagem qualitativa, tendo como foco as percepções dos entrevistados no sentido de realizar a interpretação e compreensão das suas narrativas. Foram perguntados sobre o que determinou a escolha pelo livro didático, a maioria dos professores demonstraram preferência por livros didáticos que levasse em consideração a realidade vivenciada pelos estudantes, fazendo assim relações com o cotidiano, permitindo aplicabilidade dos conteúdos no dia a dia. Dentre as respostas, pode-se observar esse resultado implícito em: "Além de exercícios, algumas atividades que incluem questões do cotidiano" (PC). Os professores também foram indagados se além do livro principal, eles utilizavam outros livros ou qualquer outro tipo de material no preparo das aulas. Observa-se, que a consulta a outros livros foi mencionada por 80% (8), seguido do uso da internet, citado por 70% (7) dos professores. Os demais educadores fazem parte da realidade descrita por Cassab e Martins (2008), que é a centralidade no livro didático. Questionados sobre qual razão de recorrer a outro material além do livro didático notou-se majoritariamente, uma tendência à busca por novas formas de complemento para a aula, sendo o livro apenas um dos recursos usados pelos professores. Este resultado vai de encontro com os achados de Verceze e Silvino (2008), onde que o livro deve ser apresentado aos docentes como uma dentre várias outras maneiras de suporte para o planejamento pedagógico das aulas, salientando ainda, a necessidade de constantes atualizações para o aperfeiçoamento do conhecimento. Um dos professores reconhece que as buscas por novas fontes de pesquisas são importantes quando afirmou que: "Sempre se faz necessário buscar outras informações para complementar os conteúdos apresentado devido o nível de aprendizagem de cada aluno" (PG). Sobre a razão de recorrer a outro material além do livro didático, os docentes em sua maioria acreditam na fragilidade do livro, havendo a necessidade de buscar outras fontes, haja vista o conteúdo ser resumido e não abranger as necessidades dos alunos. Se existia alguma dificuldade em se trabalhar com o livro adotado pela escola, o questionário verificou que 30% (3) dos pesquisados mostraram sentir dificuldades quanto ao uso do livro. Dos desafios, pode-se mencionar a "a limitação do livro acerca do conteúdo, ele aborda de forma fragmentada, da apenas uma definição, mas não abrange muito, por isso é necessário ta usando outro material" (PC). Pelo exposto, os professores desempenham um papel relevante na escolha dos materiais didáticos a serem usados nas aulas de ciências, se preocupando com a contextualização dos assuntos para a aproximação do cotidiano dos estudantes. Apesar dos desafios quanto ao uso desse material no processo educacional, percebeu-se a motivação dos educadores em buscar outras fontes para o planejamento das aulas, não havendo assim a centralidade no livro didático. Essa pesquisa revela percepções que são importantes para compreender como acontece a relação desse material pedagógico no ensino-aprendizagem dos discentes."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foi criado em 1985, a partir do decreto nº 91.542, de 19 de agosto de 1985, garantindo a distribuição gratuita de livros didáticos (BRASIL, 1985). Essa política tem como objetivo elevar a qualidade do ensino fundamental no Brasil. Os professores, nesse cenário, ganham destaque na avaliação, escolha e distribuição desses materiais, sendo possível notar esses enlaces na relação que o programa tem com a escola (FREITAS, 2010). Esse material vem gerando discussões acerca de sua qualidade, capacidade, conteúdos e até mesmo influências para o ensino aprendizado do aluno. Isso é válido, uma vez que muitos professores utilizam apenas o livro para o planejamento de suas aulas (CASSAB; MARTINS, 2008), fortalecendo a necessidade de um estudo para saber se a centralidade do livro na prática pedagógica dispensa outros meios de consulta. Uma importante utilização do livro didático no ensino de ciências, por exemplo, é pautada em facilitar o trabalho do professor, dando apoio para o planejamento das aulas, familiarizando os conceitos científicos aos alunos (BEZERRA; NASCIMENTO, 2015). Pelo exposto, as pesquisas envolvendo o livro didático são importantes a fim de saber como os sujeitos envolvidos, professor e aluno, interagem com esse material didático. Neste sentido, o objetivo desse trabalho foi em investigar como os professores de Ciências avaliam o livro didático do 4° ano do ensino fundamental. Essa avaliação dos professores foi registrada pelos licenciandos do curso de Pedagogia, durante a disciplina de Ensino de Ciências, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), no campus da Faculdade de Educação de Crateús (FAEC). Para coletar os dados, foi aplicado um questionário aos professores das escolas municipais de Crateús, Novo Oriente e Independência localizadas no Ceará. O questionário foi estruturado em duas partes: a primeira buscava traçar o perfil de formação dos educadores, a segunda tinha o objetivo de investigar as percepções dos professores no que se refere a avaliação do material didático. O presente estudo é do tipo descritivo, com abordagem qualitativa, tendo como foco as percepções dos entrevistados no sentido de realizar a interpretação e compreensão das suas narrativas. Foram perguntados sobre o que determinou a escolha pelo livro didático, a maioria dos professores demonstraram preferência por livros didáticos que levasse em consideração a realidade vivenciada pelos estudantes, fazendo assim relações com o cotidiano, permitindo aplicabilidade dos conteúdos no dia a dia. Dentre as respostas, pode-se observar esse resultado implícito em: "Além de exercícios, algumas atividades que incluem questões do cotidiano" (PC). Os professores também foram indagados se além do livro principal, eles utilizavam outros livros ou qualquer outro tipo de material no preparo das aulas. Observa-se, que a consulta a outros livros foi mencionada por 80% (8), seguido do uso da internet, citado por 70% (7) dos professores. Os demais educadores fazem parte da realidade descrita por Cassab e Martins (2008), que é a centralidade no livro didático. Questionados sobre qual razão de recorrer a outro material além do livro didático notou-se majoritariamente, uma tendência à busca por novas formas de complemento para a aula, sendo o livro apenas um dos recursos usados pelos professores. Este resultado vai de encontro com os achados de Verceze e Silvino (2008), onde que o livro deve ser apresentado aos docentes como uma dentre várias outras maneiras de suporte para o planejamento pedagógico das aulas, salientando ainda, a necessidade de constantes atualizações para o aperfeiçoamento do conhecimento. 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