Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

HISTÓRIA E CINEMA: O FILME COMO UM RECURSO PEDAGÓGICO

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Procurou-se responder a estas perguntas através de uma revisão bibliográfica, analisando o que se produziu sobre a temática até então. O uso do cinema para os estudos históricos se torna pertinente quando pode fomentar discussões (PRESTES, 2004), quando permite ao aluno e professor debater sobre pontos de vista históricos e sociais. O filme, além de ser uma obra de arte e entretenimento, é uma janela, um espelho, que permite através dele observar outras realidades, admirar pessoas e reconhecer-se no que está sendo representado. O cinema é uma instituição, um dispositivo de representação e linguagem (COSTA, 1987). O cinema não deve ser tido como um substituto das aulas ou do livro didático, todavia, como um recurso complementar, que possibilite uma dinamização do processo de ensino/aprendizagem, o que o faz um instrumento pedagógico eficaz (LIMA, 2015). Colocar-se diante de jovens irrequietos para ensinar História tem sido um desafio constante para os professores (BITTENCOURT, 2002), o que leva os profissionais realmente interessados e preocupados no que fazem a buscarem constantemente meios para atrair a atenção de adolescentes e jovens. Para um uso útil do cinema, que torne possível uma fomentação do processo de ensino/aprendizagem, um instrumento pedagógico eficaz, o professor deve escolher filmes que realmente tenham a ver com o conteúdo lecionado e que saiba utilizá-lo para debates, análises críticas e desconstruções de estereótipos e falhas, e não uma mera ilustração do período. O professor não deve perder de vista que o filme é uma representação, fruto de sua época, dos valores e ideologias em voga. Portanto, tornar o cinema um recurso útil depende da postura do professor, da proposta que este cria e do quanto se dedica a tal tarefa. Para fazer uso do cinema na disciplina de História, é preciso que o professor tenha uma ideia clara da função que a ciência histórica tem. A História é a ciência que estabelece a conexão das relações do homem enquanto um ser social, produtor e produto da história no tempo, que visa compreender como os homens propõem rupturas e transformações em seu dia a dia. Seguindo este viés, a História se torna problematizadora (LIMA, 2015 Optar pela utilização de filmes está longe de ser uma tarefa tranquila, exige planejamento, organização e análise. Antes de trabalhar qualquer filme com seus alunos, o professor deve tê-lo assistido, para ter conhecimento do que realmente a obra aborda, se o conteúdo condiz com a idade de seus alunos, e para ter embasamento para preparar sua aula. O filme não é uma poção mágica que despertará totalmente o interesse dos alunos e fará com que aprenda de forma imediata, fazendo com que eles deixam a sala de vídeo problematizando e questionando o mundo em que vivem. O filme não resolve todos os problemas da educação, mas pode contribuir para o trabalho do professor desde que este esteja ciente do que almeja como um educador. Referências BARBIERI, Andréia. EVANGELISTA, Rafael. Nas fronteiras entre o Cinema e a História. Disponível em Publicado em 10/01/2001. Acessado em 28.02. 2010. BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. 9. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2004. CHRISTOFOLETTI, Rogério. Filmes na sala de aula: recurso didático, abordagem pedagógica ou recreação? Revista Educação, Santa Maria, v. 34, nº. 3, p. 603-616, set./dez. 2009. COSTA, Antonio. Compreender o cinema. Rio de Janeiro: Ed. Globo, 1987. KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2016. LIMA, Daniel Rodrigues de. Cinema e História: o filme como recurso didático no ensino/aprendizagem da história. Disponível em < http://www.historialivre.com/revistahistoriador/sete/7daniel.pdf>. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Durante muito tempo o uso do cinema foi considerado sem valor para os estudos Históricos. Todavia, a Escola dos Analles, contribuiu para a inserção ainda que tímida do cinema como um documento válido para analisar um determinado período ou a sociedade que o produziu (NASCIMENTO, 2008). Nos últimos 20 anos, pelo menos, professores das mais diversas partes do globo tem utilizado o cinema como um recurso em suas aulas. Muito se questiona sobre a função que pode ser dada ao filme: é recurso didático, uma abordagem pedagógica ou recreação? Dessa forma, esse trabalho busca discutir o papel do cinema como metodologia de ensino para a compreensão do conhecimento histórico. Optou-se por dar enfoque ao papel do filme como um dispositivo pedagógico, uma vez que o seu uso em sala de aula amplia as fronteiras da escola (CHRISTOFOLETTI, 2009). Seria o filme um momento de recreação ou um recurso pedagógico? Os filmes trazem mesmo algum benefício ou servem apenas como entretenimento? Procurou-se responder a estas perguntas através de uma revisão bibliográfica, analisando o que se produziu sobre a temática até então. O uso do cinema para os estudos históricos se torna pertinente quando pode fomentar discussões (PRESTES, 2004), quando permite ao aluno e professor debater sobre pontos de vista históricos e sociais. O filme, além de ser uma obra de arte e entretenimento, é uma janela, um espelho, que permite através dele observar outras realidades, admirar pessoas e reconhecer-se no que está sendo representado. O cinema é uma instituição, um dispositivo de representação e linguagem (COSTA, 1987). O cinema não deve ser tido como um substituto das aulas ou do livro didático, todavia, como um recurso complementar, que possibilite uma dinamização do processo de ensino/aprendizagem, o que o faz um instrumento pedagógico eficaz (LIMA, 2015). 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Para fazer uso do cinema na disciplina de História, é preciso que o professor tenha uma ideia clara da função que a ciência histórica tem. A História é a ciência que estabelece a conexão das relações do homem enquanto um ser social, produtor e produto da história no tempo, que visa compreender como os homens propõem rupturas e transformações em seu dia a dia. Seguindo este viés, a História se torna problematizadora (LIMA, 2015 Optar pela utilização de filmes está longe de ser uma tarefa tranquila, exige planejamento, organização e análise. Antes de trabalhar qualquer filme com seus alunos, o professor deve tê-lo assistido, para ter conhecimento do que realmente a obra aborda, se o conteúdo condiz com a idade de seus alunos, e para ter embasamento para preparar sua aula. O filme não é uma poção mágica que despertará totalmente o interesse dos alunos e fará com que aprenda de forma imediata, fazendo com que eles deixam a sala de vídeo problematizando e questionando o mundo em que vivem. O filme não resolve todos os problemas da educação, mas pode contribuir para o trabalho do professor desde que este esteja ciente do que almeja como um educador. Referências BARBIERI, Andréia. EVANGELISTA, Rafael. Nas fronteiras entre o Cinema e a História. Disponível em Publicado em 10/01/2001. Acessado em 28.02. 2010. BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. 9. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2004. CHRISTOFOLETTI, Rogério. Filmes na sala de aula: recurso didático, abordagem pedagógica ou recreação? Revista Educação, Santa Maria, v. 34, nº. 3, p. 603-616, set./dez. 2009. COSTA, Antonio. Compreender o cinema. Rio de Janeiro: Ed. Globo, 1987. KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2016. LIMA, Daniel Rodrigues de. Cinema e História: o filme como recurso didático no ensino/aprendizagem da história. Disponível em < http://www.historialivre.com/revistahistoriador/sete/7daniel.pdf>. Acessado em 17.01.2018. NASCIMENTO, Vera Lúcia do. Cinema e Ensino de História: em busca de um final feliz. Revista Urutágua - revista acadêmica multidisciplinar. Maringá, nº 16, ago./set./nov. 2008. PRESTES, Lucilia Dutra. A Amazônia no cinema. Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura plena em História do Centro universitário do Norte-UNINORTE/LAURETE. Manaus, 2004.

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