Titulo: Avaliação do conhecimento de alunos e professores sobre plantas medicinais e tóxicas em escolas no municipio de Bom Jesus-Piaui. Sandra Ribeiro da Silva[1]sandra21.rsilva@gmail.com/UFPI-CPCE Jamylla Mirck Guerra de Oliveira[2]jamyllaguerra@gmail.com/UFPI-CPCE Luciana Barboza Silva[3]lubarbosabio@hotmail.com/UFPI-CPCE Eixo Termático:Processos de ensino e aprendizagem-com enfâse na inovação tecnológica, metodólogica e prática docentes Resumo Assim, como explica Firmo et al. (2011) as plantas medicinais se fazem presentes desde os primórdios e vêm sendo utilizadas até os dias de hoje como alternativa natural para tratamento de alguma doença, através de conhecimentos adquiridos de geração a geração. Pois na vontade de adotar um estilo de vida mais natural é que, até países modernos, utilizam constantemente o uso de plantas medicinais como forma opcional de terapia (ARGENTA, et al., 2011). E mesmo com a evolução e modernização da medicina, seu uso convencional e adaptação natural contraria os demais. Isso valorizará a incorporação de ambos os conhecimentos no estudo e ensino de cada remédio e seus efeitos (FERNANDES, 2004). De acordo com Filho e Yunes (1998) é possível se verificar um grande avanço nas pesquisas envolvendo estudos químicos e farmacológicos de plantas medicinais para obtenção de compostos com características terapêuticas. O estudo das plantas, dentro da Botânica, utiliza muito dados científicos, principalmente na nomenclatura destas, fugindo da realidade propriamente dita, onde as plantas são conhecidas pela maior parte das pessoas por seus nomes populares e funções específicas (CRUZ; FURLAN; JOAQUIM, 2008). Atualmente, vê-se a procura e uso de plantas medicinais na substituição de remédios industrializados.. Dentre as diversas práticas difundidas pela cultura popular, as plantas sempre tiveram fundamental importância, desde os primórdios da civilização até os dias atuais. Esse trabalho tem como objetivo avaliar o conhecimento de alunos e professores sobre plantas tóxicas e medicinais, em escolas públicas do município de Bom Jesus, Piauí. O desafio de trabalhar o tema em sala de aula foi novo e gratificante, visto que o mesmo é pouco ou até mesmo de maneira nenhuma trabalhado nesse segmento. A pesquisa se deu entre os meses de setembro a outubro de 2017 e teve 3 momentos distintos: aplicação de questionários para discentes e docentes e apresentação de uma palestra. Também utilizou-se os livros Folhas de chá: plantas medicinais na terapêutica humana e plantas medicinais para determinação das plantas citadas pelos informantes. Após a abordagem da temática, foi constatado que os educandos possuíam razoável conhecimento sobre plantas medicinais e tóxicas, citando erva cidreira, capim santo, hortelã, gengibre e camomila como plantas medicinais e comigo-ninguém-pode, pinhão-roxo, nim e mamona como plantas tóxicas. Apenas 10% dos alunos afirmaram conhecer remédios que podem ser fabricados com plantas, citando garrafada, mel com alho ou babosa, mel com limão e chá de camomila. As doenças que podem ser tratadas com plantas citadas pelos alunos foram principalmente dor de cabeça 28%, gripe e febre 16% e inflamações 11%. Quanto à intoxicação com plantas tóxicas, 36% dos educandos não souberam responder sobre os possíveis sinais de intoxicação, citando em sua maioria dor de cabeça e vômito 28%, devendo-se buscar ajuda médica caso aconteça. Dentre as medidas preventivas os alunos citaram não colocar as plantas na boca 32%, evitar ingeri-las sem ter conhecimento da mesma 9% e buscar ter um melhor conhecimento sobre as plantas 7%. A partir dos resultados obtidos considera-se que a presente pesquisa obteve resultados positivos, uma vez que esta possibilitou um maior conhecimento sobre o entendimento principalmente dos estudantes em relação à temática, e assim facilitará o desenvolvimento de estratégias dentro da escola para uma maior aprendizagem dos alunos sobre o assunto, sendo que os mesmos necessitam de um maior aprimoramento de seus conhecimentos para que se tornem críticos e reflexivos sobre o tema. A partir dos resultados obtidos na presente pesquisa, pôde-se considerar que os alunos e professores apresentavam um razoável conhecimento sobre o tema plantas tóxicas e medicinais. As plantas medicinais são importantes para os sujeitos no sentido de proporcionar alternativas para no tratamento de doenças como dor de cabeça, gripe, febre, inflamações, entre outros. As plantas medicinais mais conhecidas foram erva cidreira, capim santo e hortelã. Quanto às plantas tóxicas percebeu-se que os alunos citaram como tóxicas aquelas que se encontram em locais acessíveis e em maior contato com as pessoas como comigo-ninguém-pode, pinhão-roxo e nim, não sendo relatado nenhum caso de intoxicação. Os mesmos relatam que para evitar intoxicações é preciso não colocar as plantas na boca, evitar ingerir sem conhecimento da planta e buscar ter um maior conhecimento sobre as mesmas, devendo sempre procurar ajuda médica caso isto aconteça. Os professores acreditam que mesmo com a eficiência científica, muitos remédios farmacêuticos ainda não conseguem superar o poder de cura que algumas plantas medicinais possuem. A aplicação do trabalho na prática em sala, se tornou de suma importancia, pois á uma necessidade da sociedade em está buscando conhecimentos sobre sua importancia para cura de algumas doenças, como também para influenciar a sociedade a buscar curas em plantas medicinais, no entanto é uma forma de baixo e fácil acesso. Palavras-chave: Intoxicação. Plantas. Escolas. REFERÊNCIAS: ARGENTA, S. C.; et al. Plantas Medicinais: Cultura Popular Versus Ciência. Vivências. Vol.7, N.12: p.51-60, 2011. CRUZ, L. P. FURLAN, M. R. JOAQUIM, W. M. O estudo de plantas medicinais no ensino fundamental: uma possibilidade para o ensino da botânica. Encontro Nacional de Pesquisas em Educação em Ciências. Florianópolis, 2008. FERNANDES, TM. Plantas medicinais: memória da ciência no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2004. 260 p. FILHO, V. C.; YUNES, R. A estratégias para a obtenção de compostos farmacologicamente ativos a partir de plantas medicinais. Conceitos sobre modificação estrutural para otimização da atividade. Química Nova, v. 21, n. 1, 1998. FIRMO, W. da C. A.;et al. Contexto histórico, uso popular e concepção científica sobre plantas medicinais. Cad. Pesq., São Luís, v. 18, n. especial, dez. 2011.