Este artigo propõe abordar uma temática atual, que vem sendo alvo de discussões e reflexões nos profissionais do campo da educação, e psicólogos, o excesso de atividades extracurriculares na primeira infância. Nosso objetivo, não é categorizar, nem diminuir a importância de atividades como: Judô, ballet, natação, ou até mesmo aprender inglês. Tais atividades estimulam a criança para que ela tenha uma melhor habilidade na aprendizagem e também em sua motricidade. Mas a questão é o seu excesso. A primeira infância compreende desde os primeiros meses de vida até os cinco anos de idade, neste contexto não podemos deixar de abordar as questões maturacionais do desenvolvimento humano. Neste período a criança descobre coisas novas, inicia a socialização, faz uso da imaginação e busca o brincar. Nesta perspectiva este artigo tem como objetivo principal: compreender como a antecipada inserção da criança nas atividades contemporâneas, repercutem nos aspectos de seu desenvolvimento emocional e refletem sua parentalidade. Sabe-se que nos primeiros anos de vida, o bebê necessita de cuidados. Cuidado que vai além do banho, e da alimentação, precisa do olhar do Outro. Tomando isto por base, percebe-se que na contemporaneidade a relação entre os bebês e seus pais, vem por meio da terceirização. Hoje, os hotelzinhos, as escolinhas, a tecnologia, tem ocupado um lugar que é da função materna e paterna. Os pais, colocam seus filhos cada vez mais cedo em escolas que priorizam tudo isto que fora citado acima, como uma alternativa de seu filho, já crescer “esperto”, fluente e inteligente, a fim de estar preparado para o mercado capitalista.