O objetivo deste estudo é apresentar elementos iniciais da história da educação formal da mulher e da sua inserção no mundo do trabalho remunerado. A construção identitária da mulher privilegiou os valores hegemônicos e de supremacia do homem. Ao enunciar sobre a mulher e o trabalho veicula-se valores ideológicos que reiteram o já-dito e silenciam outros valores. É sobre o já-dito que o estereótipo se constrói e promove a retomada constante para a sua perpetuação, respondendo a um enunciado anterior demonstrando seu caráter dialógico conforme pressupõe a perspectiva bakhtiniana. O método da pesquisa é qualitativa e documental. A análise de dados empregará os pressupostos da Análise de Discurso de linha francesa. Os resultados preliminares, achados iniciais obtidos por meio de levantamento bibliográfico indicam discursos presentes no mundo do trabalho remunerado que são mantidos e reproduzidos socialmente até os dias de hoje que colocam a mulher em grupamentos de atividades que reforçam o "destino natural" a tarefas domésticas e garante acesso igualitário no setor público, os demais ramos de atividade tendem a ser ocupados por homens e distintamente melhor remunerados. Conclui-se que a educação é primordial para a contestação e transformação de valores hegemônicos que retardam ou impedem da mulher viver plenamente seu direito ao trabalho em condições de igualdade.