Ao analisarmos a trajetória do ensino médio na história da Educação percebemos que ela
reflete a forma como na sociedade brasileira esta modalidade de ensino foi operacionalizada. O
objetivo deste artigo, é refletir sobre a reforma do ensino médio no governo Temer e o lugar do ensino
de história, na perspectiva de pensar estas mudanças e suas implicações na educação brasileira.
Compreendemos que a proposta elencada, pelo atual governo não se constitui como reforma, mas
sobretudo um retrocesso educacional. Como instrumento de implantação desse projeto educacional
mercadológico, podemos elencar a “reforma” do ensino médio, que visa a marginalização de
disciplinas reflexivas, tais como a História. A partir disso, discutiremos as implicações dessa
“reforma” no ensino médio, tendo como fonte a Base Nacional Comum Curricular, além de discutir os
impasses no ensino de História. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental. Para repensar tal
problemática, travaremos uma discussão com Candau (2015), Gadelha (2017), Sandri (2017), Souza
(2017), Feldamann (2009) e Leite (2017). Percebemos que o ensino médio brasileiro, foi em diferentes
momentos da história social, utilizado como instrumento de moldagem para a criação de sujeitos que
reproduzam a prerrogativa do sistema político vigente, ou seja, do modo de governabilidade adotada
por quem está à frente do poder político.