Esta pesquisa analisou narrativas de meninas do 5° ano do Ensino Fundamental I de uma escola Municipal do Recife. Nessa fase da vida, é muito comum que as meninas, na construção de sua identidade de gênero, sejam induzidas a reproduzir de maneira acentuada comportamentos e falas socialmente atribuídas a elas. Buscamos identificar quais concepções de gênero emergiram, em maior número, nos discursos delas. Além disso, com a retirada do tema dos currículos oficiais de ensino, indagamos até que ponto o pedagógico pode ainda problematizar as imagens depreciativas em torno do que é ser mulher. Aqui, nos embasamos concepção de gênero enquanto resultado das relações sociais e não de premissas biológicas. É possível observamos variadas falas que reproduziram um determinado lugar social para a mulher, desde do jeito de falar, se vestir e andar. Repensar, defendemos que o processo pedagógico, enquanto resistência à um modelo segregador, deve refletir e investigar possibilidades formativas que desconstruam estereótipos sociais no que diz respeito ao que é ser mulher.