Este trabalho apresenta uma discussão acerca das relações existentes entre duas teorias, que valorizam e investigam o senso comum como categoria de conhecimento. A teoria da Representação Social e a Relação com o Saber. Ambas se estruturam diante de uma vertente histórica de construção e apreciação do conhecimento, buscando interagir com os discursos, as atitudes e opiniões que os sujeitos de uma dada realidade representam a partir da relação que estabelecem com o saber. Como fundamentação teórica, utilizamos o conceito de representação social desenvolvido por Moscovici (1976; 2001) e Charlot (2000), que edifica sua discussão na relação que o sujeito estabelece com consigo mesmo, com os outros e com mundo, para construir essa representação Social. Outros autores contribuem com este trabalho, respaldando a importância do senso comum, tais como Feyerabend (1977) e Thomas Kuhn (1987), ambos compartilham da ideia de que não existe ciência sem senso comum. Assim, verificou-se que as duas teorias partilham de elementos relacionais no que concerne as suas funções de análises e perspectivas, uma vez que, para os sujeitos construírem suas representações, precisarão manter um relação intrínseca com o saber, pois é este componente que possibilitará aos grupos a composição de uma representação partilhada coletivamente pelos membros de uma sociedade mediante uma opinião, um fato, enfim artefatos que surgem no cotidiano das pessoas e que são denominados de senso comum.