Resumo: As narrativas em torno do Holocausto são caracterizadas pela presença da dor e do sofrimento. Discutir tal temática leva-nos a refletir em torno do nosso lugar no mundo e na nossa capacidade de sentirmos as dores dos outros. Distante de nós algumas décadas, tal evento marcou a história da humanidade com o sangue de pessoas inocentes e indefesas, vítimas de políticas racistas e excludentes, que desumanizam aqueles que não se encaixavam nos padrões por eles estabelecidos. O presente artigo tem por objetivo a exposição de uma experiência pedagógica que propõe o ensino sobre o Holocausto Nazista a partir da História das sensibilidades. Tal atividade foi desenvolvida e aplicada por uma equipe do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), vinculada ao curso de História da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em três turmas do 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Senador Humberto Lucena, Campina Grande – Paraíba, em julho de 2017. A execução dessa atividade foi pensada com a finalidade de estimular as sensibilidades dos alunos, levando-os a analisar os acontecimentos históricos de modo mais humano, percebendo que aquelas pessoas ali citadas (ou não) também amavam, sentiam fome e medo, assim com eles. Para pensar tal proposta, nos baseamos nas discussões de Sandra Jatahy Pesavento sobre a História das Sensibilidades, que mesmo não tratando da prática do ensino, e sim da escrita, nos oferece um suporte para pensarmos o ensino de história baseado na prática do altruísmo; e nas contribuições de Annette Becker sobre os campos de concentração e a sua relação com os corpos dos presos.