Resumo: Análise das relações de poder na Unidade de Educação Básica Major José Augusto Mochel em São Luís-MA, onde através dos instrumentos legais e metodológicos, procuramos identificar os desafios a que a escola está exposta, suas possibilidades diante desses desafios e os limites que a própria legislação engendra para a consecução de uma gestão participativa no âmbito escolar. A pesquisa fundamenta-se em autores que tratam dessas relações de poder, como Foucault e Bourdieu para o desenvolvimento da problemática. Usando-se métodos de cunho qualitativo e quantitativo, procurou-se conhecer a rotina da escola no que tange às relações de poder que permeiam esse ambiente e concluiu-se que nessa escola existem dois tipos de poderes: um poder implícito e outro explícito, os quais de certa forma se complementam e contribuem para que o processo educativo se consolide, visto que, na sociedade que vivemos, os indivíduos estão ainda convictos de que sem a presença do poder explícito nas instituições não evoluem, sendo este frequentemente exercido em todos os setores da escola básica. No que diz respeito aos desafios, limites e às possiblidades da gestão participativa, nessa escola existem limites impostos pela gestão que inviabilizam a participação democrática dos sujeitos escolares, enquanto que em relação as possibilidades, conforme o estudo de campo feito existe desde que seja trabalhada para superar os entraves de cunho administrativo, fato que denota um grande desafio para todos os implicados no contexto, pois o exagero burocrático e hierárquico impede a flexibilidade, a criatividade e ação crítica construtiva, componentes fundamentais de uma gestão participativa.