Em um mundo cada vez mais conectado, a escola também não pode ficar alheia a isso. Precisa também fazer uso dos variados textos, principalmente os digitais, já que os alunos, jovens, fazem uso desses textos frequentemente e chegam à escola com conhecimento necessário, pelo menos básico, para produzir, ler e selecioná-los de acordo com seus critérios pessoais. À escola cabe sistematizar esse conhecimento a fim de ajudá-los no seu desenvolvimento escolar e reflexivo. Os letramentos demandados vão além de apenas identificar ou interpretar um gênero textual. Identificar, ler, compreender, relacionar e interagir são ações que precisam fazer parte do aprendizado do aluno frente às novas tecnologias. O objetivo deste trabalho é analisar poemas produzidos por alunos do 9º ano de uma escola municipal em Mossoró a partir da relação entre um artigo de opinião publicado no livro de língua portuguesa adotado pelos professores da área, um poema e a selfie dos alunos. Na literatura brasileira, existem exemplos de poetas que se valeram desse recurso para se traduzir em palavras. Um poema de si mostra bem mais do que os aspectos físicos de uma pessoa, mas uma possibilidade de como ela realmente é. Depois da leitura de uma crônica e de um poema e de um debate em sala sobre os dois textos, os estudantes tiraram uma selfie e escreveram seu autorretrato verbal, tentando se descrever quanto a suas características, seu jeito de ser, sonhos e desejos ou angústias. O passo seguinte foi a exposição nas paredes da escola, socializando sua escrita entre os colegas, o que os empolgou e trouxe uma melhoria na sua autoestima.