O espaço escolar faz parte da vida do ser humano, sendo o local onde ele desenvolve as mais diversas competências e habilidades. Após passar pela educação básica, o aluno chega à Universidade, onde a rotina de estudos torna-se mais intensa e, ao conciliá-la com outras responsabilidades, o discente pode chegar a desenvolver doenças, decorrentes das excessivas demandas. Diante disso, este trabalho buscou identificar as possíveis implicações do ambiente acadêmico na saúde emocional e física dos discentes do Curso de Licenciatura em Química, de uma Universidade pública do Agreste Pernambucano. Para isso, 176 discentes responderam um questionário, indicando a frequência com que a Universidade os fez sentir alguns sentimentos e/ou sintomas, usando, para tanto, os indicadores “nunca”, “algumas vezes”, “quase sempre” e “sempre”. Ao analisá-los, constatou-se que, por exemplo, para a afirmativa “Sinto-me emocionalmente esgotado pelos meus estudos”, 47,72% experimentam essa sensação com a frequência “algumas vezes” e 13,63% com a frequência “sempre”. Para as demais afirmações também foi encontrado frequência maior de respostas para a opção “algumas vezes”, especialmente nos itens que diziam respeito à dimensão da Exaustão Emocional. Também se questionou a frequência com que os discentes experimentavam sintomas físicos e, em relação aos sintomas psicológicos, encontrou-se uma frequência ligeiramente menor. Porém, em ambas as situações, mesmo que em percentuais menores, todas as questões foram indicadas por alguns discentes com a frequência “sempre”, revelando indícios da presença da Síndrome de Burnout. Entendemos que realizar a prevenção de problemas físicos e/ou emocionais, ou até mesmo da Síndrome de Burnout, ainda durante a formação dos universitários, é essencial para favorecer a qualidade de vida dos mesmos, minimizando, ainda, os impactos em sua vida profissional futura.