O presente texto é fruto de uma investigação de campo que se fundamenta no viés bibliográfico e encontra-se em andamento. Apresenta a intenção de introduzir ao leitor um olhar analítico em direção à compreensão sobre como as políticas curriculares para a educação das relações étnico- raciais são desenvolvidas. Utilizaremos para subsidiar nossa análise, o ciclo de políticas de Stephen Ball, no qual parte da compreensão de que as políticas são textos “codificados e decodificados de forma complexa em meio a lutas, negociações, acordos e alianças que reflete a própria historicidade” (BALL, BOWE e GOLDE 1992, p. 102). Dessa forma, nossa abordagem, compreende que as fases de formulação e implementação das políticas não são estanques ou lineares; os processos políticos sofrem reinterpretações por parte dos sujeitos envolvidos na política. Partindo desse pressuposto, compreendemos que as fases de formulação e implementação das políticas não são estanques ou lineares; os processos políticos sofrem reinterpretações e recontextualizações por parte dos sujeitos envolvidos na política. Para essa incursão apresentamos, em linhas gerais, as políticas curriculares para as relações raciais, tendo como panorama a Lei 10.639/2003 alterada pela lei 11.645/08 que modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº. 9394/96) acrescentando o artigo 26A e o artigo 79B. A referida Lei estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, em especial, nos componentes curriculares de Arte, Literatura e História do Brasil.