Este artigo é o resultado de uma pesquisa que buscou compreender as interfaces do Programa Mais Educação (PME) na conjuntura atual brasileira. Para tanto, enfatiza as concepções políticas e de formação que esse programa possibilita, em especial, aos docentes que estão inseridos no programa, bem como aqueles que convivem, mesmo que indiretamente, com a dinâmica de uma escola com proposta de tempo integral. Com o intuito de subsidiar a discussão ora almejada foi utilizada uma pesquisa com base na análise dos principais documentos norteadores desse programa, concomitantemente, a uma revisão bibliográfica necessária ao fomento do conhecimento sobre a proposta de educação integral. Os diálogos estabelecidos com Habermas (1984), Contreras (2002), Nóvoa (2002), Duarte (2004), Souza (2004), Charlot (2008), Saviani (2011), Leiro (2012), Giolo (2012), Moll (2012) Fornari (2013) se mostraram de suma relevância para a construção do raciocínio aqui descrito e consubstanciar, quiçá, construções teóricas posteriores àqueles que se constituírem leitores desse texto. Com a intencionalidade de fazer fluírem os diálogos sobre o tema proposto, a pesquisa documental foi o principal método adotado nesse estudo entrecruzando por este caminho a análise epistemológica como trilhados fundamentais para coordenar os pensamentos propostos e descritos neste esforço acadêmico. Todavia, são priorizadas as vertentes legais que dão origem ao programa. Os decretos e portarias do Ministério da Educação e Cultura - MEC ganham destaque no texto antes mesmo de adentrar as discussões acerca do conceito de políticas públicas. Nesta mesma seção são estabelecidas diferenças entre a política pública e governamental com fins de caracterizar o PME no contexto de educação integral.