A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi implementada nos cursos formação de professores e no curso de fonoaudiologia das instituições públicas e privadas pela Lei 10.436 de 24 de abril de 2002 e componente optativo nos demais cursos superiores. Deste então, todos os estudantes dos cursos de Licenciatura têm, pelo menos, uma disciplina de Libras ao longo do curso. É necessário assegurar aos surdos os mesmos direitos de seus colegas escolarizados em uma escola regular (SÁNCHEZ, 2005). A sala de aula não é homogênea, deparamo-nos com diversos tipos de alunos e cada um apresenta uma necessidade diferente, necessitando de práticas pedagógicas diferenciadas (BRITO e PRADO, 2011). Foi observado que mesmo com esta obrigatoriedade, o conteúdo ministrado nas aulas oferecidas não dão suporte nem estão qualificando os futuros docentes, de maneira efetiva, para estabelecer uma comunicação satisfatória com o surdo. Do modo que está sendo tratado o ensino de Libras, o surdo continuará sendo mais um em sala e não participando, ativamente, do processo de ensino-aprendizagem (MAZZOTA, 2005). Os objetivos deste trabalho foram observar 4 ementas de instituições federais que oferecem o curso de Licenciatura em Matemática; averiguar quantas horas são oferecidas para a disciplina de Libras; e analisar os conteúdos abordados nesta disciplina. Observou-se que os conteúdos ministrado na disciplina de Libras ainda estão longe de oferecer, aos futuros docentes, autonomia para estabelecer uma comunicação eficiente com seus alunos surdos, pois focam, em sua maior parte, no lado histórico da Libras, deixando em segundo plano os aspectos comunicativos no processo de aquisição da língua.