Este artigo analisa o baixo rendimento escolar, sobretudo nos anos finais do Ensino Fundamental das escolas públicas brasileiras. Um problema que vem gerando desconforto e inquietação às instituições de ensino e à comunidade escolar que lutam, incansavelmente, por uma sociedade mais justa, igualitária e constituída por indivíduos críticos, conscientes e responsáveis. No entanto, pesquisar sobre o fracasso escolar, sobretudo na etapa do Ensino Fundamental, é imprescindível, tendo em vista que esta etapa exige, prioritariamente, o aprendizado efetivo da escrita, da leitura e do cálculo para a sua alavancagem. A estagnação do aprendizado, em qualquer nível, gera desinteresse, comodismo, sentimento de indiferença e evasão escolar, fortalecendo, assim, o processo de discriminação social. Apesar da implementação de políticas públicas, em prol do desenvolvimento educacional, esse entrave persiste e deve ser enfrentado, habilidosamente, pela comunidade escolar. Reclamar ou apontar a culpa para outrem, certamente, não trará os resultados que se espera. Escola e sociedade precisam somar esforços no sentido de cumprir com as tarefas que lhe estão incumbidas pelas leis pedagógicas, resgatando, assim, a credibilidade e a qualidade da educação. É preciso que se implemente uma política educacional autêntica e isenta de utopias, com estratégias que possam sinalizar alternativas para a recuperação do baixo rendimento dos alunos que patinam em algumas disciplinas, ao logo do ano letivo. Por isso, deve-se estender um olhar reflexivo e avaliador a todos que fazem a educação, que tem fomentação pela sua qualidade e perspectivas da verdadeira cidadania plena. É com essa convicção que deve-se apostar no poder da união escola/sociedade para o enfrentamento dos desafios e o redimensionamento do futuro que se deseja.