A educação profissional no Brasil teve origem em meados do século XX tendo se transformado ao longo dos anos, de acordo com a cena política e social do país, alcançando grande expansão nos últimos anos com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Os cursos ofertados pela Educação Profissional priorizam uma formação técnica voltada para a inserção no mercado de trabalho, visando ensinar uma profissão aos estudantes. Essa modalidade de educação oferece cursos integrados, na qual a formação ocorre ao mesmo tempo em que o aluno está cursando as disciplinas do ensino médio; cursos subsequentes, pelos quais os estudantes já possuem o nível médio e buscam apenas a formação técnica, além de cursos superiores. Devido a essa especificidade na modalidade dos cursos, que demandam a existência de disciplinas técnicas, os Institutos Federais têm recebido um grande número de bacharéis para atuarem com docentes nessas disciplinas, suscitando muitos desafios para esses profissionais, tendo em vista que durante a graduação não receberam uma formação pedagógica para a dinâmica da sala de aula. Além do que, eles assumem uma grande responsabilidade de retornar para a sociedade alunos preparados para enfrentarem e transformarem a realidade na qual estão inseridos. Assim, o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a prática docente do bacharel/professor na Educação Profissional (EP). Para tanto, baseia-se numa pesquisa do tipo exploratória de caráter bibliográfico, a qual investiga os desafios da prática docente do bacharel enquanto professor da educação profissional. Como referencial de análise científica utilizou-se os documentos e as orientações, atrelados ao pensamento de autores como Tardif (2010) e Oliveira e Silva (2012). Dessa forma, aponta-se a importância da formação pedagógica continuada para os bacharéis de forma a proporcionar-lhes uma compreensão sobre o seu “fazer”, além de permitir refletir e se recriar como professor.