Dentre as políticas de ações afirmativas no Brasil, existe a Lei federal nº 12.411/2012, que estabelece o sistema de cotas para acesso de alunos das escolas públicas às universidades e aos institutos federais. Desde o ano 2013, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão reserva 50% das vagas dos cursos técnicos de nível médio para alunos oriundos de escola pública, conforme determina a referida lei. O presente trabalho visa analisar o desempenho acadêmico dos alunos do Curso Técnico em Química Integrado com o Ensino Médio do IFMA, Campus São Luís - Monte Castelo. Os alunos foram classificados em 06 grupos (cotas), sendo 04 deles relativos a cotas para escola pública, em função da renda familiar e autodeclaração de ser ou não preto/pardo/índio. Os outros dois grupos são os alunos da ampla concorrência e cota para pessoas com deficiência. Em seguida, foram levantadas as notas dos alunos ao longo de seis semestres do curso e efetuada a média das notas semestrais (média das médias de todas as disciplinas do semestre) por cota e da turma, além de uma média geral dos seis semestres (três anos). A partir disso, constatou-se que a média dos alunos oriundos de escola pública foi a maior em quatro dos seis semestres do curso. Quando se fez uma média geral de todos os alunos nos seis semestres, percebeu-se que a média geral dos alunos cotistas encontra-se apenas 3,33% abaixo dos não-cotistas. Dessa forma, pode-se perceber que, para o curso estudado, a Lei das Cotas promove as correções pretendidas sem prejuízos para o padrão acadêmico do curso investigado.