Neste trabalho traremos a experiência com um aluno especial incluído numa turma do 4º ano, de uma rede pública municipal paulista. Contamos com a participação de todos os alunos, inclusive desse aluno deficiente intelectual decorrente da Síndrome de Down (SD). Desde 2014 no 1° ano nessa unidade escolar (U.E.) o mesmo foi contemplado no seu Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) com Atividades de Vida Diárias (AVDs), tais como: escovar os dentes, ir ao banheiro, vestir, calçar e alimentar-se para estimular a independência e sua autonomia. Ao longo deste período escolar o aluno apresentou significativos avanços quanto à comunicação, interação social e coordenação motora. Para um bom trabalho e desenvolvimento de aspectos da(s) criança(s) com deficiência(s) atendida(s) acreditamos ser primordial e relevante uma perspectiva de trabalho colaborativo entre todos profissionais envolvidos na Educação Escolar do(a) aluno(a), a família, além de multiprofissionais da saúde, como: fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo, psiquiatra e/ou neurologista. Aqui, apresentaremos síntese de atividades lúdicas efetivas e possíveis de serem realizadas em sala de aula com turma de inclusão. Sorteio das letras do alfabeto, para reconhecimento delas e escrita de palavras iniciadas com as mesmas, a partir de comandos e algumas regras; assim como jogo dos dados (com algarismos e com bolinhas) para aprendizado dos números e representação de quantidades, como também de compreensão do nosso sistema de numeração decimal e formação de números. São experiências simples, práticas e muito possíveis de serem empregadas e trabalhadas numa sala de aula inclusiva, em que todos podem interagir de modo lúdico e significativo. Com todos os alunos foi possível explorar aspectos relevantes dos conteúdos curriculares de Língua Portuguesa e também de Matemática, a partir das experiências com os jogos acima brevemente apresentados e desenvolvidos com a turma. Especialmente com o aluno especial não alfabético foi possível explorar trabalhos voltados para alfabetização da língua materna e também matemática. O jogo permitiu visualizar os que acompanhavam/acompanham conceitos e conteúdos importantes já explorados e estudados. Por meio de tais atividades práticas apresentadas ao longo deste trabalho podemos apresentar favoráveis resultados com o geral da turma. A relevância do presente trabalho está justamente nos recursos muito simples e facilidade com que pode vir a ser desenvolvido em outras tantas realidades, semelhantes ou não, com crianças de faixas etárias similares em processo de alfabetização: seja em Língua Portuguesa, seja em Matemática. Pode ser uma prática bastante significativa, se levada a sério por todos os envolvidos, na qual especialmente os alunos poderão ser beneficiados em seu processo de ensino-aprendizagem. Apresentamos, aqui, um relato de uma possível experiência bem sucedida de Educação Inclusiva, na mesma direção que têm defendido e sendo apresentados nas legislações educacionais vigentes, como a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), tantos Projetos-Políticos-Pedagógicos (PPPs) das unidades educacionais, entre outros.