Este trabalho tem por objetivo apresentar estudo sobre processo inclusivo de graduandos com deficiência numa Universidade privada brasileira. Trata-se de um recorte da pesquisa Políticas Públicas de Educação: estudo do método fenomenológico para a compreensão de processos inclusivos, financiada pela FAPESP (Proc. n. 12/50681-1). Parte-se do pressuposto de que faltam gestores e formadores que tenham a visão de homem como ser de relações. Estudos desenvolvidos pelos pesquisadores têm evidenciado que existem instituições que não conseguiram alcançar a inclusão em sua totalidade. O que se percebe são movimentos inclusivos, por falta da adesão dos sujeitos da instituição e, às vezes, inclusive daquele que se quer incluir. Objeto: graduandos com deficiência matriculados na Universidade. Procedimento: pesquisa de campo, de natureza fenomenológica. A redução fenomenológica permitirá compreender o processo inclusivo na sua totalidade, incluindo os sujeitos envolvidos, conservando seus valores e suas significações antigas, entre os quais, o sentido da sua existência. Entretanto, seus valores e significações antigas serão “fenomenolizados”, o que garante sairmos da atitude ingênua de vê-los como sendo “em si”, além de não dar espaço a especulações metafísicas. Considerações: inclusão no Ensino Superior para acontecer na sua totalidade, é necessário, além do conhecimento técnico e da vontade política, também da adesão voluntária do sujeito a ser incluído. Formar gestores e formadores inclusivos, capazes de constituírem espaço inclusivo, onde todos sujeitos envolvidos no processo se sintam protagonistas é importante, mas também é imprescindível que esses gestores tenham a visão de homem como ser de relações, para que levem em conta os sujeitos a serem incluídos e a eles ser concedidos o direito e a vez “do poder falar”, “da escuta”, “do conhecimento” e “do participar”.