A microcefalia pode ser causada com diversos fatores, desde anormalidades genéticas até infecções durante a gestação, como rubéola, toxoplasmose, HIV, entre outras. Descobriu-se recentemente que o Zika Vírus transmitido pelo Aedes aegypti, também é um causador da microcefalia, principalmente no primeiro trimestre da gestação. A microcefalia não é apenas um problema físico, onde os portadores apresentam uma diminuição do perímetro cefálico, mas também neurológico, psíquico e motor. Um individuo com microcefalia poderá ter um déficit cognitivo, problemas visuais, déficit auditivos e motores, atraso no desenvolvimento e epilepsia. O objetivo do presente trabalho consta-se em identificar se os professores da Educação Infantil das escolas regulares, estão se especializando para ensinar crianças com microcefalia, fazendo um comparativo daqueles que trabalham na rede pública e na rede particular de ensino. Foram selecionadas seis escolas que possuem a Educação Infantil, sendo três da rede pública e as outras três da rede privada, todas elas localizadas na Região Metropolitana do Recife. Avaliou-se através de um questionário respondido pelos professores durante o período de agosto ao inicio de setembro de 2017, os aspectos que envolvem uma infraestrutura adequada, a capacidade de acolhimento da escola e a preparação dos docentes. Todas as professoras que responderam o questionário, seja da rede pública ou privada, não estão preparadas para receber as crianças com microcefalia, além disso muitas delas informaram que a instituição que trabalha não possui uma infraestrutura adequada e que a mesma poderia não receber esses alunos. Embora existam leis para melhorar a educação inclusiva, à realidade nas escolas foge dos padrões pré-estabelecidos, onde, de maneira geral tanto as escolas públicas quanto as privadas analisadas estão sem condições de apresentar um trabalho satisfatório para atender as crianças que possuem microcefalia. Visto isso, é de grande importância que haja mudanças na infraestrutura e que esses professores se tornem capacitados para que os alunos com microcefalia possam ser englobados de forma eficaz.