Este artigo é fruto do recorte de um trabalho monográfico comtemplando a parte teórica sobre a perspectiva de inclusão de alunos com transtorno do espectro autista na universidade, além do fragmento dos resultados, análises e discussões no qual destacou-se a entrevista do aluno com transtorno do espectro autista da Universidade Federal do Maranhão. Mediante alguns questionamentos, apoiou-se na Lei n° 12.764/12, a Lei do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Lei Brasileira de Inclusão, Lei n.º 13.146/15, entre outras, além de estudos de Assumpção Júnior e Kuczynski (2015), Brasil (2008a, 2012, 2015), Costa (2013), Cunha (2015), DSM 5 (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA, 2014), Kanner (1944), Mazzota (1982), Minetto (2008), Sassaki (1997). A pesquisa teve abordagem qualitativa de caráter exploratório, em que se propôs conhecer o processo de inclusão de pessoas com esse transtorno do neurodesenvolvimento a partir das práticas do Núcleo de Acessibilidade (Nuaces) e entrevistas semiestruturada com a diretora do núcleo, com um aluno da universidade diagnosticado com TEA, sua mãe e um de seus ex-professores. Na coleta de dados foi possível explorar assuntos pertinentes como questões familiares, sociais, afetivas, qualificação e o papel do professor. Como resultados, perceberam-se fragilidades no processo de inclusão de alunos com TEA na Universidade Federal do Maranhão, que apesar de grande incidência no Brasil de casos, na Universidade pesquisada pode-se mapear apenas um aluno com laudo médico, e o processo de inclusão deste se apresentou ainda fragmentado. Evidenciou-se que apesar de ser minoria nas instituições de ensino, existe sim, a possibilidade das pessoas com deficiência ter acesso e permanência no ensino superior. Porém, as barreiras atitudinais e organizacionais podem resultar em um atendimento que não responda as expectativas dos alunos.