Neste texto, destacamos uma revisão de literatura sobre a formação docente continuada e a valorização dos sujeitos locais. Tal demanda se faz perceber pela inquietude docente nos enfrentamentos atuais, que denunciam o despreparo e a urgente necessidade de rever sua formação. É uma urgência reconduzir os processos educativo, uma vez que em tempos de globalização as demandas são muitas, a rotina escolar não consegue acompanhar a celeridade das mudanças e a transformação do conhecimento e portanto este tempo exige, entre outras ações, um profissional diferente daquele, cuja missão era o reproduzir de saberes historicamente construídos. Neste estudo nos baseamos em autores que apresentam uma nova perspectiva de formação continuada. Nela o educador é sujeito da própria formação e as experiências e saberes historicamente construídos devem ser partilhados com seus pares no espaço e tempo escolar. A formação inicial não consegue, nem mesmo tem obrigação de fazê-lo, dar conta de um professor pronto e preparado aos desafios da profissão. O docente se faz em sua vivência, nos enfrentamentos diários vai descobrindo caminhos, partilhando experiências, descontruindo e reconstruindo práticas e primordialmente se reconhecendo capaz, se percebendo sujeito. Desta forma uma formação baseada na reprodução de “verdades” alheias, teorias e apresentação de experiências outras, distantes da realidade local, se configuram como ineficientes. A pesquisa evidenciou o caráter autônomo do professor enquanto fator preponderante na construção de saberes e estes, por sua vez, necessários à transformação de que necessita a escola. O docente possui papel decisivo na própria formação, sujeito de sua construção, pela valorização de sua prática e saberes.