A educação em unidades prisionais ainda reflete um construto histórico sombrio que permeia este espaço, e que muitas vezes, termina por inibir ou coagir os profissionais que podem atuar neles, existem de fato, diversos problemas que só corroboram cada vez mais para a sucumbência do sistema prisional brasileiro, e apesar da legitimação e obrigatoriedade da oferta de educação em estabelecimentos penais, ao lançarmos um olhar para esta, nos deparamos com um universo ainda limitado, tanto quanto as demais ações direcionadas a unidades prisionais. Portanto, é necessário desvelar cada vez mais os processos inerentes as unidades prisionais, e neste caso, ir mais afinco no que depreende a oferta de educação e a formação dos pedagogos que atuam nestes espaços. Por se tratar dos resultados construídos a partir de levantamentos iniciais de uma pesquisa a nível de graduação, nos deteremos a apresentar uma breve revisão bibliográfica sobre as discussões e levantamentos teóricos realizados até o presente momento da pesquisa, que fundamentam a importância de se pensar a educação no espaço prisional, compreender os processos históricos, sociais e políticos que refletem diretamente nestes espaços. Também apresentaremos discussões teóricas que voltam o olhar para a formação do Pedagogo, visto que este é um dos profissionais habilitados para lecionar no espaço prisional além da organização, metodologia e objetivos a serem alcançados através da pesquisa a que nos propomos. Essa pesquisa, e, consequentemente as discussões que temos proposto neste artigo, surgem a partir de uma gama de (não) vivências e discussões que perpassaram superficialmente pela temática, podemos dizer que a proposta dessa pesquisa se dá principalmente pela ausência de informações e discussões acerca da Educação em unidades prisionais, dos profissionais habilitados, da modalidade de ensino, do olhar da sociedade para este espaço, dos sujeitos que estão inseridos nesse contexto, do processo formativo dos profissionais que são direcionados para estes espaços, etc.