O presente artigo visa apresentar as percepções de alunos e professores acerca dos fatores que corroboram para o aumento dos casos de depredação da escola relacionados à indisciplina, ao sentimento de pertencimento escolar e, ao mesmo tempo, aponta as tentativas pedagógicas da instituição para a formação de um cidadão crítico, participativo e ecologicamente responsável pelo ambiente em que vive. O trabalho foi realizado com a participação de alunos com distorção idade-série das turmas de Progressão Gradual (PG) e professores do diurno numa escola pública da rede estadual, em Maceió. A pesquisa foi realizada em quatro momentos distintos: (1) o convite aos alunos considerados mais indisciplinados, tanto em sala como em relação à conservação do ambiente escolar; (2) a apresentação da proposta de estudo e levantamento fotográfico (3) a aplicação de um questionário com alunos e professores e (4) elaboração de um plano de ação como tentativa de envolver a comunidade escolar na resolução dos pontos considerados mais graves pelos alunos. Constatou-se que os discentes reconhecem a importância da escola para sua vida, ao mesmo tempo em que os professores atribuem à falta de educação doméstica como principal condicionante para os casos de descuido com a escola. Considera-se que esse estudo possibilita a reflexão do aluno, do professor e da atuação da escola na efetiva formação cidadã, que liberta e revoluciona.