Partimos de um caudaloso rio, emergindo no qual ensejamos seu afluente o “ensino médio” não leva em conta a dimensão cultural como elemento constituinte na formação dos jovens e que a cultura geral é um conceito amplo socioantropológico, destacamos algumas variáveis nessa perspectiva, buscando entender as características da cultura brasileira que permeiam as relações entre escola e cultura, no caso específico, a“cultura juvenil e o ensino médio”. Para tanto, iniciamos nossa investigação, considerando a origem antropológica do significado dessa palavra como elemento de hábitos, costumes, danças, modos de vida etc. entre os homens, sem os quais não haveria cultura. Em etnografia, a cultura instalada na escola constitui o foco de descrição do movimento e saberes de um grupo específico, no nosso caso, a cultura juvenil. Assim, abordamos como tema central desta pesquisa, o “ensino médio e sua relação com a cultura juvenil”, com o intuito de descrever, analisar e interpretar o significado do espaço inovador do conhecimento e formação cultural dos jovens. Supomos que a cultura juvenil não é considerada elemento fundante na maioria das escolas públicas do ensino médio no Estado de Pernambuco. Realizamos uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, na qual recorremos a entrevistas semi estruturadas, questionário, observação, caderno de campo, análise documental e fotografias cujos dados coletados revelaram que a cultura é defendida como modos de vida e os fenômenos estudados representam um corpus de significados. Nessa teia de relações, fomos tecendo o caminho da inovação pedagógica vinculado ao conceito mais geral de cultura. Chegamos à conclusão de que a cultura pode ser a porta de acesso para a inovação das práticas pedagógicas nas escolas, onde alunos e professores assumem parcerias para a formação cidadã.