A empatia é definida por M. Hoffman como um processo no qual o sujeito apresenta sentimentos que são mais congruentes com a situação do outro, do que com sua própria situação. A pró-sociabilidade é definida por N. Eisenberg como ações e/ou julgamentos voluntários que visem consequências positivas, tendo como motivação básica beneficiar o outro, sem influências ou pressões externas. Com base na ideia de que a empatia proporciona, aos seres humanos, os mais elevados atos de comportamentos pró-sociais, o presente artigo tem por objetivo apresentar e avaliar a eficácia de uma intervenção que visa promover o desenvolvimento empático e a pró-sociabilidades em crianças. A proposta apontou para uma pesquisa-intervenção e foi realizada com crianças do 4o ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de Campina Grande-PB, com idades entre 8 e 13 anos (M=9; DP=1,16). Os dados registrados no Diário de Campo foram analisados por meio da Análise de Conteúdo de L. Bardin. Para promover a empatia foram utilizadas técnicas que objetivaram a promoção da descentração cognitiva, elaboradas com o auxílio de diferentes recursos, tais como: teatro de sombras, vídeo “Gentileza gera gentileza”, tabuleiro humano, vídeo “O outro par”, práticas de gentileza. Os resultados mostraram a eficácia das intervenções realizadas, tendo em vista as transformações observadas no nível cognitivo, afetivo e comportamental, perpassadas pelo desenvolvimento empático e objetivadas em ações pró-sociais tanto no âmbito escolar, quanto familiar. Por fim, presume-se que os resultados encontrados contribuíram para a melhora nas relações dentro da comunidade escolar e para a promoção de uma cultura do cuidar.