Este artigo é resultado de reflexões e aprendizados de educadoras do Programa de Extensão Tecelendo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, vinculado ao Centro de Formação de Professoras, no município de Amargosa, Bahia. O Tecelendo trabalha com Educação de Jovens, Adultos e Idosos na perspectiva da educação popular. E, entre suas vertentes está a Formação de Educadoras e Educadores Populares. Nesta dimensão de trabalho do Tecelendo as educadoras e educadores são tencionadas (os) a refletir sobre o processo de formação que estão inseridos. Este é um movimento que não vem de fora para dentro, mas ao contrário. Neste sentido, este trabalho tem como principal objetivo discutir o ato de estudar como elemento da formação de educadoras e educadores a partir da educação popular. E, isso envolveu compreendermos o ato de estudar como um movimento intenso que requer consciência e disposição de quem o faz. A educadora e o educador na perspectiva da educação popular, no Tecelendo, necessariamente assumem a responsabilidade do posicionamento político quanto à concepção de mundo, de vida, de sujeito, de educação, entre outras, como saberes inerentes aos nossos processos educativos e de formação. E, neste sentido, um saber é fundamental. A compreensão de que o ato de estudar está para além da leitura do livro ou do texto. A metodologia consistiu na utilização de anotações e registros realizados por educadoras no diário de campo e em relatórios. O referencial teórico perpassou pelos estudos de Paulo Freire (1982), (1996), (2015) Carlos Rodrigues Brandão (2007), (1983), Edgar Morin (2003), José Francisco de Souza (2007).