Resumo
As escolas de Educação Infantil do Campo (EIC) tem tido espaço de visibilidade nos últimos dez anos, tanto em termos de legislação, quanto em termos de pesquisas, principalmente após a publicação da pesquisa oferta e demanda da educação infantil do campo em 2012, este estudo revelou um retrato de como estão e onde é necessário as melhorias da EIC. Verdade é que a EIC tem passado por um processo de paralização/fechamento de escolas, fazendo com que as crianças que vivem no campo tenham seu direito negado, tendo que se deslocar para o contexto urbano para terem a oportunidade de escolarização. O que é preciso fazer para resistir e garantir o direito das crianças em estudar no seu contexto do campo? O objetivo deste estudo é promover uma reflexão sobre a necessidade de ampliar o processo de resistência das comunidades pela permanência das escolas de Educação Infantil do/no Campo que ainda, estão passando por um processo de paralização/fechamento num município do Rio Grande do Norte. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, a partir dos estudos Bogdan; Biklen, além da abordagem histórico-cultural. A garantia da escola no campo passa por criar espaços de fala e de escuta para crianças, educadores, pais, comunidade e situações de problematização, para devolver a escola à comunidade pois a escola é do povo e deve ser construída com e não para o povo.