A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é a concretização da garantia do direito constitucional que todos têm, independente de suas necessidades, a uma educação de qualidade. Contudo, para que esse direito seja efetivado de fato, se faz necessário que se construa um ambiente de respeito à diversidade e as diferenças. A empatia é considerada uma habilidade social que não apenas conduz a informação do estado do outro, mas possibilita o indivíduo a sentir com o outro e como o outro. O presente trabalho tem por objetivo promover o desenvolvimento empático infantil, tendo em vista a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais. Trata-se de uma pesquisa-intervenção realizada com crianças do 4o ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de Campina Grande-PB, com idades entre oito e dez anos. Os dados obtidos foram registrados no Diário de Campo e analisados por meio da Análise de Conteúdo de L. Bardin (1977). Para promover a empatia foram utilizadas técnicas que objetivaram a promoção da descentração cognitiva, elaboradas com o auxílio de diferentes recursos, tais como: poesia (“Sofia, a andorinha”), avental de contação de histórias, vídeo “A diferença que nos une” (do mundo Bita) e vivências das diferenças. Os resultados demonstraram que o caminho escolhido para promover o respeito à pessoa com deficiência mostrou-se eficaz, uma vez que a promoção de empatia possibilitou os participantes a sentir com o outro e como o outro, o que, por sua vez, reverberou em mudanças de percepções e comportamentos. Com base nos resultados encontrados, espera-se que o modelo de intervenção construído possa inspirar outras intervenções que deverão fazer parte do projeto político pedagógico de diferentes instituições educacionais para que, de forma contínua, se esteja promovendo a empatia e o respeito às diferenças.