O presente trabalho tem como objetivo analisar como a educação emocional pode contribuir para o empoderamento das pessoas com deficiência. Busca-se através desse projeto averiguar como a educação emocional pode levar as pessoas com deficiência a vivenciarem um processo de empoderamento em suas vidas e tornarem-se protagonistas das suas histórias. O ambiente social reflete o quanto a exclusão de pessoas com deficiência ainda cresce gradativamente. É importante enfatizar que essa exclusão não surgiu de agora, mas há muito tempo. A Educação Emocional tem um papel fundamental para a promoção do bem-estar e do empoderamento das pessoas. Por meio deste, as pessoas com deficiência poderão perceber que são produtivas, que podem ocupar cargos importantes e que podem tomar decisões. Quando o poder de independência é retirado do ser humano, os outros passam a tomar conta da nossa vida, deixamos de decidir aquilo que queremos e sempre ocupamos o ‘cargo’ da passividade. Logo, acabamos sendo impedidos de tomar decisões que consideramos relevantes, perdemos o desejo de lutar por coisas que almejamos e nos acostumamos com o fato do outro realizar tudo por nós. Porém, isso tudo muda com a conquista do empoderamento por meio da Educação Emocional, que evitará todas essas ações passivas, posicionando a pessoa com deficiência como líder de sua vida. É nesse sentido que a educação emocional torna-se um aporte fundamental para o empoderamento, pois ao se conscientizarem da condição em que estão imersos, os sujeitos conseguem construir estratégias de resistência a partir da valorização de si e da construção de uma identidade própria que acontece a partir do conhecimento de suas próprias emoções e sentimentos. Este trabalho de extensão desenvolvido pelo projeto de pesquisa em Educação e Emocionalidade da Universidade Federal da Paraíba - UFPB teve sua aplicação na Escola Ana Paula Ribeiro Barboza Lira, localizada dentro da FUNAD, estudando e analisando especificamente o público com deficiência auditiva. Foram realizadas visitas a instituição para observar e vivenciar juntos o dia a dia dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos – EJA, a fim de conhecer melhor suas necessidades, desempenhos e desafios enfrentados em sala de aula. Após a observação da rotina das pessoas com deficiência auditiva em sala, foi aplicado o “Diário das Emoções” com os estudantes, através do qual foi possível que os mesmos respondessem por meio de desenhos, libras e até mesmo da própria língua portuguesa. Além disso, contamos com o auxilio de uma intérprete proporcionando uma maior interação e compreensão sobre a atividade, sempre deixando os/as alunos/as livres para responder o que de fato estavam sentindo ou achando sobre as emoções. O questionário foi construído e aplicado pela equipe do projeto, constituída por alunos/as e pesquisadores/as em educação. Essa metodologia teve o objetivo de beneficiar o desenvolvimento de competências emocionais, tais como: consciência emocional; regulação das emoções; motivação e habilidade sócio emocional, com o fim de colaborar com o empoderamento desses jovens e realizar um intercâmbio reflexivo com os/as estudantes bolsistas, relacionando o estudado com as práticas pedagógicas desenvolvidas.