Considerando a importância que questões como identidade cultural e interculturalidade tem apresentado para pensarmos o papel da escola nos dias atuais, procuramos, neste trabalho, fazer reflexões críticas sobre a inclusão dos povos ciganos na educação básica do ensino brasileiro. O Brasil possui uma grande diversidade de povos, existindo uma vasta população cigana em seu território, por esta razão, se faz necessário entender aspectos relevantes desses povos para compreendermos suas configurações perceptivas sobre o mundo. Os ciganos são discriminados por suas características culturais específicas em muitas escolas e buscam defender seus direitos, entretanto, como podem culturas diferentes dialogarem no âmbito da escola? A opção por discutirmos tal questão justifica-se pela relevância de se atentar a necessidade de atendimento escolar que compreenda as diferenças da identidade cultural dos povos ciganos. Temos por objetivo, analisar e refletir sobre as condições de acesso ao ensino ofertado aos povos ciganos. Como metodologia, optamos por técnicas de etnografia para termos uma visão mais abrangente sobre a temática, já que se trata de se analisar uma cultura particular como a dos ciganos nômades. partimos da pesquisa bibliográfica e depois fomos a campo, buscando escolas municipais e estaduais do município de Teresina, capital do estado do Piauí, que recebem alunos em situação de itinerância. A pesquisa nos levou a concluir que adotando um novo ponto de vista baseado no respeito à diferença por parte da equipe escolar e adotando novas propostas educacionais é possível a existência do um processo dialógico intercultural que beneficie as comunidades ciganas. Os povos ciganos necessitam ser assistidos, pois também integram a diversidade cultural brasileira.