Ao realizar uma pesquisa sobre o surgimento da palavra currículo e sua trajetória, podemos compreender como seu sentido passou a ter dois significados: o currículo que se refere aos trabalhos realizados pelo profissional e o currículo no sentido de determinar como e o que o aluno deverá aprender na sua trajetória escolar. Esses dois sentidos são derivados da palavra currículo em latim. Entender o aparecimento dessa palavra em nossa língua, nos permite refletir como o currículo escolar pode ser um regulador na formação humana, no momento em que passa definir o que será ensinado, como isso se dará, o que será considerado nesse ensinamento e o que não será. A partir daí o conhecimento escolar, passa a ser mediado por várias estruturas, o que pode levar a assumir uma posição política e ideológica, favorecendo alguns grupos, assim como também envolver questões de poder, no momento que passa a destacar um fator como sendo o ideal. Ao favorecer uns grupos, automaticamente desfavorece outros, silenciando esses, o que resulta em debates e conflitos em torno do que deve ou não ser ensinado e aprendido. No Brasil, esses debates tomam sérias proporções. A cultura vem ser uma estrutura de grande importância nessas discussões da formação, assim como o papel das atividades docentes. O presente artigo tem por objetivo realizar um debate teórico utilizando trabalhos na área de currículo e docência, e assim definir os possíveis papeis desses dois na formação humana e assim garantir a identidade desse ser. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica realizada no portal de periódicos da CAPES. Dessa forma, pudemos concluir que o currículo tem suma importância e uma parte de responsabilidade na formação da identidade, na garantia da existência da cultura independentemente de onde o ser humano esteja. Apresenta também uma certa obrigação em garantir essa identidade já que apresenta em seu contexto, questões de conhecimento.