Considerando o enorme descaso que vem tomando a educação do campo a fim de termos praticamente um cenário de educação urbana e de desenvolvimento no campo, tornando um paradoxo de pensamento e de filosofia, deixando de fazer sentido para os sujeitos e, com isso, causando desinteresse, o presente artigo é fruto de uma pesquisa desenvolvida durante a eletiva Educação do Campo, oferecida como componente curricular, no segundo semestre de 2016, no curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico do Agreste (UFPE/CAA). O estudo teve como objetivo compreender quais relações são estabelecidas entre a contextualização do campo e a vivência, valores e saberes dos sujeitos campesinos e o processo de ensino e aprendizagem em escolas situadas no campo. Para tanto, procede-se à uma pesquisa qualitativa efetivando-se com uso de entrevista semiestrutura tendo como colaboradoras duas docentes de escolas do campo, do município de Caruaru que fica localizado no agreste de Pernambuco, sendo os resultados analisados por meio da Análise de Conteúdo. Os resultados, a princípio, nos revelam que a contextualização articulada com o ensino e a aprendizagem podem, entre outros muitos aspectos, viabilizar, através de um acompanhamento proveniente da atuação docente, situações reflexivas para o aluno sobre seu contexto e sua vivência, bem como a valorização de diferentes culturas, valorização da comunidade e da valorização dos próprios e ricos saberes, tornando assim um processo facilitador e muito mais significativo para todos os sujeitos envolvidos do campo, onde se tornam centrais nesse processo de formação humana.