O presente trabalho é fruto das nossas reflexões na disciplina História e historiografia das Ciências, ministrada pela professora Dra. Márcia Regina de Barros Silva (USP) e pelo professor Dr. Iranilson Buriti de Oliveira (UFCG), na qual pudemos problematizar a partir dos princípios da História Cultural da Ciência, como também, revendo um percurso historiográfico da produção e circulação do conhecimento científico e das ciências modernas, como a ideia de neutralidade e objetividade científica foram diluídas ao longo dos tempos, sendo a ciência vista enquanto uma prática social influenciada por valores culturais, materiais e por condições sociais diversas relacionadas aos mecanismos de divulgação do saber científico. Apresentando em nossa pesquisa, a Escola enquanto uma instituição legitimadora de tais saberes e ao mesmo tempo produtora de um saber específico, ou do saber científico escolar, e não como mera reprodutora dos valores epistemológicos gerais reproduzidos pela mídia e por instituições de divulgação do conhecimento científico. O nosso objetivo é apresentarmos como a Ciência Moderna foi responsável pelo processo de disciplinarização e organização do currículo a partir do estabelecimento de uma verdade científica que será revista principalmente a partir do século XX com as novas teorias do currículo que colocarão em voga novos paradigmas educacionais a partir dos princípios da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, questionarão a ideia de um currículo fragmentado em áreas de especialização e formado a partir do estabelecimento de conhecimentos ditos mais importantes ou científicos que outros. Para tanto, temos como referenciais Cetina (1999), (SILVA JÚNIOR, 2012) e Forato (2009) que nos ajudaram a instrumentalizar as relações entre a historiografia da ciência e sua transposição para o universo escolar.