Este artigo tem como objetivo analisar significados de currículo enquanto construção sociocultural, enfatizando a questão da diferença, numa perspectiva intercultural. Consiste em um relato de experiência, proporcionada pela disciplina Currículo, ofertada no curso de Pedagogia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB/campus I), ministrada pela Profª Drª Francisca Pereira Salvino, no período de 2016.2. Para tanto, recorre a teorias de currículo, tais como, as tradicionais (eficientismo, progressivismo e teylerianismo); as fenomenológicas; as críticas e as pós-estruturais, a partir das quais procura-se compreender o desenvolvimento do currículo como construção histórica e cultural, atrelada a diferentes fases de desenvolvimento das sociedade, e enquanto campo fértil para a construção de múltiplas identidades. Embora tardiamente, o campo do currículo no Brasil também vem se mostrando fértil, tendo impulso a partir da década de 1930 com o “Manifesto dos pioneiros da educação nova”. O currículo não diz respeito a algo parado, preso no tempo/espaço. Ao contrário, é dinâmico e está sempre modificando-se para adequar as pessoas às diversas realidades e mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais. O currículo constrói/governa identidades, sendo necessária uma reflexão acerca das diferenças que marcam a educação e o currículo, não apenas econômicas, mas também culturais. Portanto, faz-se necessário dialogar no espaço da interculturalidade. A disciplina possibilitou trocas culturais, produção e desconstrução de significados, pensar alternativas e acreditar que uma educação e um currículo comprometidos com as demandas sociais é possível. O relato de experiências proporcionou as alunas do curso de pedagogia um outro olhar relacionado a avaliação, e de fato, mostrou-se um instrumento potente para a avaliação mediadora, formativa e processual.