A empatia é compreendida por M. Hoffman como uma habilidade social que propicia ao sujeito a experiência de se pôr no lugar do outro. Em relação ao termo agressão, não existe um consenso claro a respeito de sua definição, podendo ser utilizado para indicar desde um comportamento confiante, vigoroso e empreendedor, a um que magoa, fere ou destrói. Este trabalho tem como objetivo promover o desenvolvimento empático infantil tendo em vista a diminuição de comportamentos agressivos. Trata-se de uma pesquisa-intervenção realizada com crianças do 4º ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de Campina Grande-PB, com idades entre 8 e 10 anos. Os dados obtidos foram registrados em um Diário de campo e analisados com base na análise de conteúdo de L. Bardin. Para promover a empatia, as intervenções realizadas foram organizadas em 4 etapas, a saber: 1) Sensibilização (com uso do desenho animado); 2) Vivência (com o uso do Quadro das emoções/Psicodrama); 3) Expressão artística (com o uso de massa de modelar/desenho livre) e 4) Roda de conversa. Os resultados demonstraram que é possível, dentro do ambiente escolar, ajudar as crianças a lidarem com os comportamentos agressivos por intermédio do desenvolvimento empático. Defende-se que a escola deve ter como foco principal as aprendizagens acadêmicas, mas não pode, de forma nenhuma, negligenciar o desenvolvimento de habilidades sociais, como a empatia e a socialização. Por fim, com base nos resultados, propõe-se uma parceria entre a família e a escola com o objetivo fomentar uma cultura de paz, com base no respeito e no cuidado.