Na análise histórica da Geografia enquanto disciplina científica e acadêmica vão surgir modificações metodológicas visando uma melhor compreensão do mundo, e estas mudanças não acontecem apenas na Geografia, e sim no ensino em geral. Hoje em dia, a bandeira que está sendo levantada é o ensino através da perspectiva socioconstrutivista de Vygotsky, e para a Geografia tem-se a perspectiva crítica de se estudar o mundo. Juntas estas perspectivas vão dar um arcabouço metodológico ao professor de Geografia para que sua prática seja desenvolver junto com o aluno uma análise crítica do mundo, e um aluno participativo e consciente de sua cidadania. O presente trabalho contém um relato da experiência vivenciada durante o estágio curricular supervisionado de Geografia, realizado durante o ano letivo de 2017 na Escola Municipal Professora Eunice Félix da Silva, localizada em Jaboatão dos Guararapes/PE. Especificamente, o trabalho discute o uso pedagógico da construção do Censo demográfico para o ensino-aprendizagem sobre a população brasileira com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental. O intuito maior para tal experiência é alcançar os objetivos do ensino de Geografia presentes na legislação condizente, LDB (Lei de Diretrizes e Bases), a qual requer que os alunos desenvolvam a competência para compreender e analisar a dinâmica espacial da população e a observação da diversidade cultural; assim como habilidades para análise de dados através de diferentes fontes, como imagens, mapas, tabelas e gráficos. Durante o planejamento da aula, pensou-se em juntar as perspectivas do ensino e da Geografia. Então como um elemento complementar da aula foi realizada uma atividade que simulou o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Está prática mostrou-se bastante interessante dentro do contexto em que ela foi aplicada, pois os alunos conheceram esta ferramenta, aproximaram-se do conteúdo, pois o mesmo foi abordado com as suas característica, como a idade, o sexo, o e fatores socioeconômicos, como se a casa em que vivem é alugada ou própria, e tiveram contato com outras formas de linguagens.