É relevante entender a forma como os alunos adquirem conhecimentos sobre a norma ortográfica, por isso é importante um processo de ensino-aprendizagem de ortografia realizado de modo reflexivo, o qual possibilita ao alunos compreender melhor as relações entre grafemas e fonemas. Assim, este trabalho apresenta resultados de um estudo que objetivou: Identificar as alterações ortográficas mais produtivas na escrita de alunos do 6º ano, a partir da categorização proposta por Zorzi (1998). A relevância desta pesquisa está fundamentada na necessidade de se compreender como os alunos estão aprendendo a ortografia e quais as dificuldades maiores que enfrentam, nessa aprendizagem. A análise investigativa, que foi realizada por meio de pesquisa quantitativa-descritiva, bem como de campo, partiu de oito produções escritas, feitas por alunos do 6º ano, de uma escola pública municipal da cidade de São Raimundo Nonato-Piauí. Em relação ao arcabouço teórico, pautou-se em estudos de autores como Cagliari (1994), Zorzi (1998, 2009), Morais (1999, 2000, 2007), Simões (2006). Esta investigação, tal como os estudos de Zorzi (1998, 2009) e Miranda, Medina e Silva (2005), concluiu que as representações múltiplas são os tipos de erros mais recorrentes nas produções escritas dos alunos. Essas representações ocorrem porque um único fonema pode ser grafado com diferentes letras e uma única letra pode representar diferentes fonemas e esse fato acaba dificultando a escrita de várias palavras da língua, o que, consequentemente, ocasiona os desvios ortográficos, que devem ser entendidos como hipóteses que os alunos formulam para se apropriar do conhecimento sobre o sistema de língua escrita e não, simplesmente, como falta de atenção ou descuido na hora de escrever.