A utilização de tecnologias mais limpas e mais seguras é uma tendência nos ramos científico, industrial e educacional. Seja nos processos industriais ou no ambiente estudantil, que muitas vezes não é preparado para a prática em laboratório, os indivíduos envolvidos se submetem a riscos químicos. Há a necessidade de explorar soluções para prevenir potenciais perdas materiais, humanas e danos ao meio ambiente, em que é melhor prevenir do que tratar ou limpar o resíduo após sua criação. A forma como os solventes são selecionados e utilizados nos processos químicos deve ser escolhida para minimizar potenciais acidentes químicos como os decorrentes de contato, explosões e incêndios. Os experimentos devem ser planejados utilizando materiais com menor toxidade, enquanto alcançam os objetivos esperados e, após o descarte adequado, eles não persistam no ambiente, com certa facilidade de degradação. O conceito de química verde alia a segurança, o custo e a performance, tornando-se uma ferramenta eficiente a ser cogitada no âmbito pedagógico. As substituições como o sistema gelo-seco/acetona por gelo-seco/isopropanol, hexanos por pentanos e heptanos, THF por 2-MeTHF e reações estequiométricas por reações catalíticas são alternativas que também devem ser consideradas. Em determinados contextos, há ainda a possibilidade de utilizar solventes verdes como o biodiesel, limoneno, lactato de etila e etanol como diluentes. Neste sentido, este artigo tem o objetivo de propor alternativas para alguns solventes clássicos utilizados no ambiente laboratorial de química experimental, buscando incentivar o ensino e a pesquisa voltados para a química verde. São apresentados solventes e processos que tem a pretensão de, além de reduzir a quantidade de resíduos gerados, diminuir ou eliminar a exposição dos estudantes e pesquisadores a reagentes tóxicos.